Conseguir um emprego com carteira assinada está mais fácil para 226 jovens certificados na manhã desta terça-feira (8), na Fundação Luis Eduardo Magalhães, pelo programa Jovem Aprendiz, desenvolvido nesta certificação em parceria com a Embasa. Por dois anos, os aprendizes recebem uma bolsa de meio salário mínimo, durante o período de curso, e dois terços de salário quando estiverem na prática supervisionada, com carga horária de 20 horas semanais. Ao todo, em cinco anos de programa, mais de 3,5 mil jovens já foram beneficiados.

Maxwell Rodrigues, 16 anos, diz que se sente outra pessoa ao terminar o processo de aprendizagem. “Entrei no programa com 14 anos e pouca maturidade. Olho para trás agora e vejo que saio outro jovem, aprendi a lidar com papel, com pessoas, com programas de computadores. Também fiz os cursos que as Voluntárias Sociais nos proporcionaram, como de empreendedorismo e comunicação empresarial. Também já tenho dois anos de experiência comprovada em carteira, isso já é um diferencial para conseguir um emprego daqui para frente”.

Coordenadora do programa Jovem Aprendiz nas VSBA, Liliane Britto, informa que o programa Jovem Aprendiz conta com a parceria de várias empresas, beneficiando pessoas entre 14 e 16 anos em situação de vulnerabilidade social. “A oportunidade deste primeiro emprego muda a realidade destes jovens, muitos passam a ter responsabilidade inclusive com o sustento da casa. O programa durou 24 meses, e eles saem capacitados e aptos para se inserir no mercado de trabalho”.

Clécio Cruz, superintendente de gestão de pessoas da Embasa, observa que, “para os jovens, o programa é um ponto de ruptura. Eles chegam com a idade entre 14 e 16 anos e começam a lidar com pessoas adultas em um ambiente de trabalho. Isto muda a relação e a perspectiva deles de mundo. A gente percebe que, a cada mês, o aprendiz acelera o seu desenvolvimento. Esta certificação é o fechamento de um ciclo de amadurecimento”.

Clécio também informa que, durante a prática supervisionada, os jovens vão sendo capacitados nas áreas de informática, administrativa e operacional. “O foco é o crescimento profissional, mas os jovens têm também um ganho como cidadãos, prontos para fazer suas escolhas, com disciplina, educação financeira, já que passam a ter renda. Além de um bom profissional, o programa forma excelentes cidadãos”.