O maior evento de futebol do planeta vai mudar o aspecto de Salvador. Entre os legados para a população baiana estão intervenções de mobilidade na capital, além da revitalização da infraestrutura turística de portos, aeroportos e reforço na segurança pública. Estes são apenas alguns dos resultados apresentados no seminário ‘Diálogos Governo-Sociedade Civil: Copa 2014’, realizado pelos governos federal e estadual, nesta quinta-feira (8), na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), na capital baiana..

Com a presença de 80 entidades sociais representadas por 210 líderes desses movimentos sociais, os governos federal e estadual apresentaram, em números, os investimentos e estruturas que ficarão em Salvador depois da realização da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014.

Participaram do evento o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, os secretários estaduais para Assuntos da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014, Ney Campello, e de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Cezar Lisboa, além do chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), Martiniano Costa, entre outras autoridades.

Para o ministro, Salvador e a Bahia vão atrair olhares de todo o mundo durante os cerca de 40 dias do megaevento e isso vai gerar publicidade espontânea para o estado sem precedentes. “ Temos financiamentos não só em estádios, mas em aeroportos, avenidas, portos, obras de mobilidade e outras intervenções, que não são para o mundial, são para o povo brasileiro”.

Salvador e interior

Somente na capital baiana, o mundial trouxe investimentos para o Aeroporto Internacional e o porto, além de reforço da segurança pública, com a implantação do Centro Integrado de Comando e Controle, e intervenções na área de mobilidade, a exemplo do metrô e obras de acesso à capital e à Arena Fonte Nova.

Também foram apresentados legados para o interior, a exemplo da construção dos Centros de Treinamento de Seleções (CTS) em Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e Mata de São João, que receberão as delegações da Alemanha, Croácia e Suíça. Nesses municípios, as estruturas receberam investimentos privados que poderão ser utilizados depois do Mundial de Futebol.

No seminário, o secretário Ney Campello destacou iniciativas como projetos sociais de qualificação de taxistas, baianas de acarajé e de trabalhadores do setor hoteleiro. “A Copa do Mundo envolve todos os setores sociais e será um sucesso com a experiência que já temos em grandes eventos como o Carnaval da Bahia”.

O evento também dedicou espaço à participação das entidades que estiveram representadas. Para o coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Idelmário Proença, o seminário contribui para se ter um panorama da situação. “Esses debates desmitificam informações dando conta que se deixou de investir na área social para colocar recursos na construção dos estádios”.