A partir de documentos de arquivos, bibliotecas e museus, um grupo de nove artistas do país e uma autora de Cuba está criando obras de arte, que vão ser expostas no Arquivo Público do Estado, a partir de 17 de julho. A mostra é uma das ações resultantes do projeto Campo Gravitacional Arquivo e Ficção, o qual reúne criadores de artes visuais, arquivistas, bibliotecários, museólogos e estudantes. A atividade integra a segunda etapa da 3ª Bienal da Bahia, que a Governo da Bahia, por meio Secretaria de Cultura (Secult), realiza entre os dias 29 deste mês e 7 de setembro .

Participam da mostra no Arquivo Público Eustáquio Neves (MG), Omar Salomão (RJ), Ícaro Lira (CE), Rodrigo Matheus (SP), Gaio (BA), Paulo Bruscky (PE), José Rufino (PB), Maria Magdalena Campos-Pons (Cuba), Paulo Nazareth (MG) e Giselle Beiguelman (SP). Já houve 15 edições de debates, em bibliotecas, arquivos e no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-A). O próximo encontro, com acesso gratuito, acontece nesta quinta-feira (22), no Arquivo Histórico Municipal. Ícaro Lira acompanha os debates com o objetivo de pensar metodologias de catalogações.

O projeto Campo Gravitacional Arquivo e Ficção é desenvolvido por três grupos de trabalho (GTs). O GT de Arquivistas é formado por museólogos e arquivistas com o objetivo de questionar procedimentos arquivísticos e processos artísticos. No final do processo, o grupo fará uma curadoria para a Parede Galeria, espaço expositivo do Instituto de Ciência da Informação.

Integram o GT Biblioteca arquitetos, um dançarino e uma pedagoga. O tema do grupo são os espaços físicos das bibliotecas e o objetivo do trabalho dos componentes é criar um mobiliário e publicar um manual de uso. O GT Narradores, formado por comunicadores independentes, se propõe a narrar, por meio de mídias, o Campo Gravitacional Arquivo e Ficção. Uma publicação, no modelo Panfleto Sanitário do MAM-Ba, marca o final dos trabalhos.