Até a próxima sexta-feira (16) continua a Semana de Gestão e Políticas Culturais, que foi aberta nesta segunda (12) pelo secretário estadual de Cultura, Albino Rubim, no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana. Na ocasião, o secretário fez palestra sobre ‘Políticas Culturais no Brasil’, que integrou a programação do primeiro dia do evento dedicado ao tema ‘Políticas e Indicadores Culturais’.

A semana é uma iniciativa da Secretaria de Cultura (Secult) em parceira com o Observatório Itaú Cultural e mais informações estão disponíveis no site. Nesta terça (13) os participantes debatem “Formação de Públicos da Cultura”.

As palestras previstas para o evento versam sobre políticas culturais, formação de públicos, economia criativa, patrimônio cultural e diversidade. Entre os palestrantes estão a historiadora Lia Calabre, o professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Miguez, a doutora em ação cultural pela Universidade de São Paulo (USP), Isaura Botelho, e a doutora em antropologia social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Adriana Facina.

Para Albino Rubim, a realização de atividades culturais em si não configura política cultural, e a maioria dos municípios do país, que organizam atrações, faz isso de forma descontínua. “Fazer política cultural é promover atuações sistêmicas sobre as dimensões do fazer cultural, utilizando a política como meio e a cultura como fim”. De acordo com ele, as políticas de financiamento da cultura estão entre os principais desafios para o avanço do segmento cultural no Brasil.

Segundo o secretário, a lógica atual dificulta a atração de recursos para propostas que não têm apelo mercadológico. Por isso, torna-se necessário simplificar o acesso aos recursos por meio de um sistema de financiamento que atenda à complexidade do setor no país.

Na palestra, ele ressaltou a valorização do Ministério da Cultura, por meio da implementação dos sistemas nacional, estaduais e municipais de cultura que está na pauta da resolução do problema.

Recentemente, o ministério lançou edital com aporte de R$ 30 milhões destinados aos estados, que estão implementando o sistema de cultura. Entre os cinco estados brasileiros aptos a terem projetos aprovados está a Bahia, que submeteu três projetos – um para o fortalecimento da rede estadual de formação, outro de circulação no campo da música (a partir do conteúdo apurado pelo Mapa Musical da Bahia) e outro do setor de patrimônio para criação de uma rede de memória dos terreiros de candomblé no estado.