É cada vez é maior o número de pessoas que aderem à Campanha contra a Exploração Sexual e o Trabalho Infantil durante a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, coordenada na Bahia pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes). Entre moradores de Salvador e turistas que estão na cidade acompanhando os jogos das suas seleções cresce o número de pessoas que aderem à campanha.

“É mais que válida e necessária para conscientizar a população, os pais, as famílias a ficarem atentos na ação preventiva e na denúncia imediata dos casos de violência”, disse o casal Larissa e Henrique Costa, farmacêuticos paulistas que assistiram à partida entre Brasil e Chile, no sábado (28), no Pelourinho, onde os mobilizadores do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca) distribuíam material informativo sobre a campanha.

Vendendo bonés, viseiras, óculos e outros artigos com as cores do Brasil, o ambulante baiano Paulo Silva fez questão de posar com o telefone-anúncio da campanha, que indica o número Disque 100 para denunciar os casos de violação de direitos das crianças e adolescentes. “A gente tem que denunciar sim. Não podemos aceitar atitudes criminosas contra nossas crianças e ver como algo normal”.

Também abordado pela equipe, o professor de língua portuguesa, Cremilson Santos, que levava ao colo a filha, comentou sobre a urgência de políticas públicas que garantam a integridade e os direitos de pessoas indefesas e em situação de vulnerabilidade. "Uma campanha como essa, envolvendo, alertando e chamando a sociedade a atuar nos casos de violações de direitos, é de extrema importância”.

Plantão Integrado

Do início da Copa do Mundo até o dia 28 de junho, o Plantão Integrado, por meio do Observatório de Violações de Direitos de Crianças e Adolescentes – em parceria com vários órgãos e entidades que fazem parte da rede de proteção dos direitos da criança e do adolescente na Bahia -, registrou 489 atendimentos. Entre as principais ocorrências estão o trabalho infantil, totalizando 173 atendimentos (35%) e a violência física 76 (16%).