A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (CBPM), recebeu concessão para lavrar minério de ouro no município de Santa Luz, localizado no nordeste baiano, numa área de 298 mil hectares. A portaria de Nº 258, de 4 de junho de 2014, foi outorgada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A área de titularidade da CBPM foi arrendada pela mineradora canadense Yamana Gold, que investiu R$ 204 milhões no projeto C1 Santa Luz.

A terceira mina de ouro da Yamana fica a 160 quilômetros da mina Jacobina e a 140 da mina Fazenda Brasileiro. A C1 Santa Luz vai produzir anualmente 100 mil onças de outro extraídas de 2,5 milhões de toneladas/ano minério, em operação poço aberto, tratado pelo método de flutuação e de processamento de carbono-em-lixívia. Estudos demonstram também a possibilidade de uma operação em mineração subterrânea.

Além da mina, o local terá uma planta de beneficiamento e processamento de ouro. Na fase de produção, a previsão é que sejam gerados 332 postos de trabalho na mina, com estimativa de vida útil de dez anos. Quando atingir o pico de produção, somente de impostos, a arrecadação de Santa Luz deverá chegar a R$ 2 milhões/mês, número superior à receita bruta anual do município.

Com a entrada em operação da C1 Santa Luz, a produção global da empresa, que possui operações também no Chile, Argentina e México, deverá crescer cerca de 20% neste ano em relação a 2012, para um volume equivalente entre 1,44 milhão e 1,60 milhão de onças em ouro.

Para o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o Governo do Estado fez a aposta certa ao investir nas pesquisas realizadas pela CBPM. “Do ponto de vista geológico, a Bahia está toda mapeada. Temos investimentos previstos de R$ 21 bilhões até 2018 e, com certeza, até lá estaremos subindo duas posições, ocupando o 3º lugar no ranking da mineração no Brasil”.