Discutir dança e músicas étnicas e suas misturas interculturais. Com esse propósito, acontece em Salvador, desta quinta-feira (31) ao dia 4 de agosto, o EtnoTribes Festival 2014, projeto voltado à formação artística e cultural de artistas de diversas cidades brasileiras e que promove 27 horas de atividades formativas, em oito oficinas, um workshop e um debate, com profissionais da Bahia e de outros estados, além de dos Estados Unidos.

Haverá ainda a produção do espetáculo ‘Simbiose’ e apresentação de um pocket show com estudantes de dança na abertura da programação, que ocupará três espaços culturais da cidade – Espaço Xisto Bahia, no bairro dos Barris, Teatro Isba, em Ondina, e Escola Contemporânea de Dança, na Graça.

O projeto, que começa às 20h de quinta, tem apoio da Fundação Cultural do Estado (Funceb), vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), por meio do Edital Setorial de Dança, financiado pelo Fundo de Cultura (FCBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz).

Criar um espaço de reconhecimento e produção de conhecimentos em torno do que representa o labor da dança e música étnicas contemporâneas e suas misturas interculturais é objetivo central do EtnoTribes Festival. O evento tem direção da bailarina, coreógrafa, professora, produtora e pesquisadora de dança, Joline Andrade, formada em licenciatura e bacharelado em dança e pós-graduada em Estudos Contemporâneos sobre Dança pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Danças sagradas

Entre os convidados, está NagaSita, dos Estados Unidos, que vem pela primeira vez ao Brasil. Ela é uma Tribal Nouveau bellydancer, com experiência em yoga, dança do ventre, teatro, práticas ritualísticas antigas do Oriente e Butoh. É fundadora da Tribal Nouveau Temple Dance Troupe Apsara, diretora do Salon L’Orient e diretora da trupe de dark theatre Bogville. Se destaca por sua abordagem em danças sagradas e pela performance vanguardista.

Também estão na lista Kilma Farias (PB), pesquisadora das danças do Oriente Médio, das danças populares brasileiras e afrobrasileiras; Priscila Patta CM (MG), especialista em dança contemporânea e danças árabes; e o grupo musical Pedra Branca (SP), que toca instrumentos étnicos e timbres eletrônicos para criar música contemporânea brasileira.

Da Bahia participam Fernanda Guerreiro, Vera Passos, Govinda Vallabha, Lucimar Cerqueira e Aline Goes. Eles irão propor as atividades formativas ou participarão do espetáculo ‘Simbiose’, que vai fundir dança, música e culturas distintas numa simbiose tribal.