Com proposta de ações educativas de museologia, acessibilidade, arte e socialização, o ‘Projeto Transmulti’, realizado em 2013, apresenta ao público seus resultados. Nesta quarta-feira (16) começa a exposição dos trabalhos que podem ser apreciados até 4 de agosto no Museu Carlos Costa Pinto (Avenida Sete de Setembro, 2490, Corredor da Vitória), em Salvador, com visitação das 14h30 às 19h, exceto nas terças-feiras e domingos.

O projeto foi contemplado pelo Edital (n°09/2012) Setorial de Museus da Secretaria de Cultura (Secult), tendo assessoramento da Diretoria de Museus (Dimus) do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). A mostra exibe resultados das oficinas gratuitas realizadas no museu, no ano passado, que tiveram a participação de jovens, adultos e pessoas com deficiência, a partir do estímulo pedagógico do acervo do Costa Pinto.

“O principal objetivo foi valorizar o papel essencial dos museus como centros de dinamização cultural e espaços privilegiados para experiências educacionais inclusivas”, explica o coordenador do projeto, Afrânio Simões Filho. Museólogo e doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Afrânio criou o ‘Transmulti’ para desenvolver oficinas gratuitas de sensibilização e recriação estética realizadas no Costa Pinto.

Participaram das atividades estudantes da rede de ensino pública e privada, aprendizes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e idosos do Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (Creasi). Os trabalhos da mostra incluem reinterpretação estética coletiva dos participantes, utilizando técnicas de customização e assemblage – termo usado para definir colagens com objetos e materiais tridimensionais – inspirados na coleção do museu.

A exposição terá presença e ação dos participantes das oficinas. Na primeira semana da mostra, já estão agendadas as visitas dos grupos da Apae, nesta quarta, e dos idosos atendidos pelo Creasi, na sexta-feira (18).

Política cultural

O ‘Projeto Transmulti’ incluiu em suas atividades apresentação de slides, transformação de objetos como caixas, oratórios, espelhos (molduras) e móveis (baús, estantes), além da confecção de turbantes feitos com tecidos e adereços. “Utilizamos a assemblage e os participantes produziram panôs (estandartes e bandeiras) com base no acervo do Museu Carlos Costa Pinto”, disse Afrânio Simões Filho.

A política cultural museológica na Bahia coordenada pela Dimus repensa o museu como espaço cultural ativo e não somente de acervo estático. A Dimus é uma das seis diretorias que compõem o Ipac e administra 11 museus estaduais, entre os quais, o Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão, o Centro Cultural Solar Ferrão, no Pelourinho, e o Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória.

Já o Museu Carlos Costa Pinto é privado e não administrado pelo Estado, mas recebe incentivos do Fundo de Cultura. Mais informações sobre o ‘Projeto Transmulti’ podem ser obtidas pelo telefone (71) 9110.5099. Em relação aos museus do Ipac informações estão disponíveis pelo telefone (71) 3117.6445 ou no blog.