A última Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) em Salvador e região metropolitana no mês de junho aponta um aumento de 8,1% no número de ocupados na indústria de transformação. A alta corresponde a 10 mil postos de trabalho, melhor desempenho entre as principais atividades econômicas analisadas pela pesquisa realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seades) e Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).

De acordo com a coordenadora da PED/SEI, Ana Guerreiro, o saldo positivo de empregos na indústria impacta nos números do primeiro semestre de 2014, apesar das pequenas reduções no número de ocupados apresentadas em junho pelos setores de serviços, comércio e construção civil. “É um aumento significativo, que reflete na composição total da pesquisa no mês de junho, e quando comparamos com o mesmo período de 2013 temos aumento em todos os setores de atividades”.

No último mês, a taxa de desemprego total na capital baiana e nas cidades da região metropolitana passou de 17,5% para 18,2% da População Economicamente Ativa (PEA). Em relação a junho de 2013, houve diminuição de 19,1% para 18,2%. O número de desempregados no período foi reduzido em seis mil e a taxa de ocupação entre as pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho subiu de 58,3% para os atuais 59,1%. Nos últimos meses, o número de ocupados cresceu 4,4% passando de 1.474 mil pessoas para 1.539 mil.

Para a coordenadora da PED/Dieese, Ana Simões, os primeiros seis meses do ano registram estabilidade nas variáveis analisadas e a pequena queda no contingente de trabalhadores ocupados em junho pode ser explicada pelo aumento da força de trabalho. “Com o aumento de 0,9% na população economicamente ativa houve uma elevação no número de desempregados e na taxa de desemprego”.

Rendimento 

Os dados dos últimos 12 meses apontam crescimento de 6,9%, ou 69 mil postos de trabalho, no emprego assalariado em decorrência do aumento de 6,8% no setor privado e 8% no setor público. Na iniciativa privada, cresceu também o número de trabalhadores com carteira assinada com 7,9% a mais, o que corresponde a 59 mil assalariados. Já o quantitativo de empregados sem carteira assinada caiu 0,9% no mesmo período.

Segundo os dados da PED, o rendimento médio real em maio aumentou 0,7% e 0,2%, o equivalente a R$1.220 e R$1.311 para ocupados e assalariados, respectivamente. No acumulado, a renda cresceu 5,7% para os ocupados e 3,5% paras os assalariados na comparação com maio de 2013.