A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Programa Ciência na Escola, firmou parceria com o Museu Geológico da Bahia, localizado no Corredor da Vitória, em Salvador, com o objetivo de enriquecer os conteúdos trabalhados em sala de aula pelos docentes. Desta quarta-feira (30) a sábado (2) os professores articuladores do projeto participam de curso de formação resultado desta parceria.

As atividades incluem uma Caravana Científica para conhecer a falha geológica na capital baiana e uma aula de campo guiada ao Museu Gemológico, no Centro Histórico. A programação completa está disponpivel no Portal da Educação.

“Queremos despertar entre os estudantes novos talentos para atuar em geociências. A proposta está pautada na interdisciplinaridade, que objetiva a difusão e a popularização das geociências, além da conscientização da população sobre a importância da temática”, afirma a coordenadora do Programa Ciência na Escola, Shirley Costa.

Ela explica que as Caravanas Científicas fazem parte da série de propostas do programa e consistem de uma dinâmica para que os alunos conheçam in loco o que estudam nos livros, desenvolvendo o espírito de pertencimento e valorização pelo lugar onde vivem. “Um estudante do município de Paulo Afonso que esteja estudando, por exemplo, a produção de energia do Estado, irá visitar a Hidrelétrica de Paulo Afonso”, disse.

Iniciação

A professora articuladora do Ciência na Escola em Paulo Afonso, Ana Cristina Rangel, destaca que a formação em educação científica contribui para iniciação e alfabetização científica na rede pública estadual de ensino, possibilitando a elaboração de projetos de pesquisas na educação básica, com resultados significativos. “Nosso objetivo, com as formações, é consolidar a política educacional para a elevação dos índices de aptidões de ciências, em nível estadual e nacional”.

A proposta também envolve utilizar linguagem mais próxima da realidade do estudante. “Se o aluno compreender que o flúor vai compor o seu creme dental, que o fósforo é importante na agricultura e que, sem o silício (extraído do minério de quartzo) não há computadores, pois é com ele que se faz o microprocessador eletrônico, certamente vai se identificar”, exemplifica Débora Rios, coordenadora do curso de formação.

Como atividade de aproximação dos estudantes das Ciências, Débora Rios cita a exposição ‘Universo – Sistema Solar’, instalada no Museu Geológico. É uma mostra lúdica e interativa, que oferece informações para que os alunos captem os conceitos científicos de forma fácil, aliando tecnologia da informação e recursos audiovisuais.

“Para entender a formação do Universo, por exemplo, o visitante entra numa sala escura e ouve uma simulação da Big Bang (a explosão ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos que deu origem à expansão do Cosmo). Depois, enquanto uma narrativa gravada vai abordando sobre a organização do Sistema Solar, pontos de luz vão sendo acesos, simulando as estrelas, com a exibição das réplicas dos planetas em escala. Por último, falamos da importância da preservação do planeta Terra”, explica a coordenadora.