O Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC-BA) realizou sessão solene em homenagem póstuma a João Ubaldo Ribeiro. Aberto ao público, o evento recebeu a filha do escritor, Emília Ribeiro, e o irmão e secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Manuel Ribeiro Filho. “Sentimos intensamente sua falta como irmão e pai. Ele tinha um carisma que unia a família. Além disso, era um obstinado. Aprendeu inglês sozinho, com um dicionário. Desde muito cedo, dizia que iria viver da pena”, disse Manuel Ribeiro.

Para Albino Rubim, secretário de Cultura, João Ubaldo é uma figura ímpar. “Estamos homenageando um grande escritor e uma grande pessoa humana. É muito importante que se reconheçam pessoas que foram importantes para a cultura baiana. É uma obrigação da política cultural que figuras como Ubaldo sejam cada vez mais conhecidas e façam parte do repertório cultural dos baianos”.

A mesa foi composta também pelo presidente da Academia de Letras da Bahia (ALB), Aramis Ribeiro Costa, pelo teatrólogo Gil Vicente Tavares, pela coordenadora de Literatura da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Milena Britto, pelo escritor Joaci Góes, e pelo presidente do CEC, Araken Vaz Galvão. A celebração à memória do escritor itaparicano ocorreu no Auditório Nilda Spencer, na sede do CEC, no Campo Grande, em parceria com a Secretaria de Cultura (Secult), na quarta-feira (30).

O escritor

Natural de Itaparica, João Ubaldo Ribeiro morreu aos 73 anos, na madrugada do último dia 18, no Rio de Janeiro. Jornalista, membro da Academia de Letras da Bahia e da Academia Brasileira de Letras, ele é considerado um dos nomes mais brilhantes da literatura contemporânea, com obras consagradas como ‘Viva o Povo Brasileiro’ (1984), ‘A Casa dos Budas Ditosos’ (1999) e ‘Sargento Getúlio’ (1971). Entre as premiações recebidas ao longo da carreira, destacam-se o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa, dois prêmios Jabuti de literatura e duas premiações na Alemanha e na Suíça.