A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado a Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação  (Secti), completa 13 anos de existência nesta quarta-feira (27), empenhada em promover o crescimento econômico e social do estado, por meio de diversas ações de apoio à pesquisa, com novos editais e parcerias. Até o momento, a Fapesb lançou 172 editais, destinando R$ 430 milhões ao fomento de projetos de pesquisa científica e de inovação, com apoio a 4.103 deles.

A eses recursos somam-se R$ 165 milhões destinados a bolsas para estudantes e pesquisadores. De acordo com o diretor-geral da instituição, Roberto Paulo Machado Lopes, até este mês, foram lançados 17 editais, no valor total de R$ 49,5 milhões. A previsão para o pagamento de bolsas até o fim do ano é de R$ 42 milhões.

A ampliação continuada no orçamento da fundação pelo Governo do Estado possibilitou maior diversificação no apoio, com o lançamento de editais em temas mais específicos em 2013 e 2014. Neste contexto, estão, entre outros, os editais de Apoio a Doenças Negligenciadas, Apoio às Soluções Inovadoras para a Lavoura Cacaueira, Apoio a Redes de Pesquisa Ambiental e o mais recente, o de Apoio a Projetos de Pesquisa para o Sistema Viário Oeste (SVO) Ponte Salvador – Ilha de Itaparica.

A Fapesb destina recursos para diversos campos do conhecimento. As áreas de ciências biológicas e da saúde recebem em torno de 40%, seguidas de ciências exatas e da terra (18,1%), agrárias (16,1%) e engenharias (8%). As universidades federais, especialmente a Ufba, acabam sendo o destino de 36,4% dos recursos da instituição, seguidas das universidades estaduais, que ficam com 26,6%, e dos centros de pesquisa, especialmente a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com 17,2%.

Convênios 

Com o propósito de formar redes nacionais de pesquisa e núcleos de excelência, potencializando as ações de Comunicação, Tecnologia e Informação (CT&I) no estado, a Fapesb celebrou 25 convênios e acordos de cooperação com instituições federais (CNPq, Finep e Capes) no valor total de R$ 208,2 milhões, dos quais R$ 143 milhões de recursos federais e R$ 65,2 milhões  do Tesouro Estadual. Com as secretarias e órgãos estaduais, foram 15 convênios e acordos no valor de R$ 33,7 milhões.

Além dos acordos federais, a Fapesb assinou três acordos de cooperação internacional – um com o Reino Unido e dois com instituições francesas -, e está negociando um com o Canadá. Neste mês, foi lançado o edital do Newton Fund, fundo de apoio à pesquisa em ciência e inovação do governo britânico, em parceria com as FAPs. O edital tem o objetivo de apoiar pesquisas conjuntas de curto prazo ou de pequenas escalas, a fim de estabelecer colaborações sustentáveis entre o Reino Unido e pesquisadores brasileiros.

A Fapesb apoia, por ano, a realização de aproximadamente 125 eventos de CT&I locais, regionais, nacionais ou internacionais, envolvendo cerca de 60 mil pessoas e a participação de pesquisadores em eventos de CT&I no Brasil ou no exterior, contribuindo dessa forma para a qualificação e formação de recursos humanos e a difusão de conhecimentos, técnicas e tecnologias que sejam relevantes para o desenvolvimento econômico, social e cultural do estado.

Prioridades

Um das grandes prioridades da Fapesb é o apoio na formação científica. Com a ampliação do número de cursos de mestrado e doutorado, que triplicou na Bahia em menos de dez anos, ocorreu também a desconcentração espacial da base científica. A instituição expandiu o apoio aos programas de pós-graduação, acompanhando o crescimento das universidades e sua interiorização, principalmente das estaduais, que passaram de um curso de mestrado para 63 em 15 anos e de nenhum doutorado para 13 no mesmo período.

Segundo o diretor-geral da Fapesb, a prioridade em avançar na formação científica decorre da necessidade de corrigir as distorções geradas pelo desenvolvimento tardio da pós-graduação na Bahia como um todo. “Para se ter uma ideia desse desenvolvimento tardio, a área de engenharia, que tem grande potencial de inovação, teve a primeira tese defendida na Bahia somente no ano de 2009”.

Com empresas, a Fapesb firmou dois convênios no valor de R$ 4,2 milhões, em um esforço para incorporar a inovação à estrutura produtiva do estado da Bahia. Já foram disponibilizados em editais R$ 73 milhões para inovação em empresas, beneficiando 142 organizações baianas.

“Os avanços obtidos nos últimos sete anos nos tornam mais confiantes em nosso potencial para traduzir o desenvolvimento científico e tecnológico, em progresso material e melhoria das condições de vida da população baiana”, enfatiza Roberto Paulo Lopes. De acordo com ele, “nos tempos em que a inovação decorre essencialmente do conhecimento científico, é fundamental ampliar a percepção da sociedade sobre a importância da Ciência, Tecnologia e Inovação como eixo estruturante do nosso desenvolvimento”.