As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos (SEI), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), mostram que em julho deste ano a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador (RMS) se manteve relativamente estável, ao passar de 18,2% para 18,0% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo seus componentes, a taxa de desemprego aberto não variou (13,3%) e a de desemprego oculto passou de 4,8% para 4,7%.

Ainda de acordo com a pesquisa, realizada em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, em julho, também o contingente de desempregados foi estimado em 336 mil pessoas, seis mil a menos que no mês anterior.

O resultado foi decorrente da redução da PEA em 13 mil pessoas, mais que suficiente para compensar a queda do número de pessoas ocupadas (sete mil). No mês em análise, a taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – diminuiu de 59,1% para 58,6%.

O contingente de ocupados reduziu em julho (0,5%), passando de 1.539 mil para 1.532 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve queda no número de ocupados na construção (três mil ou 1,9%), no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (três mil ou 1,0%) e na indústria de transformação (dois mil ou 1,5%). A ocupação ficou relativamente estável no setor de serviços (+1 mil ou +0,1%).

No mesmo período, a massa de rendimento médio real diminuiu para os ocupados (0,9%) e aumentou para os assalariados (0,9%). Entre os ocupados, o resultado derivou da variação negativa do nível ocupacional e, entre os assalariados, o comportamento decorreu de oscilação positiva no emprego e do rendimento médio real.

Comportamento em 12 meses

Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado cresceu (57 mil ou 5,7%) devido ao aumento do emprego no setor privado (57 mil ou 6,7%) e no setor público (2 mil ou 1,4%). No setor privado, ocorreu crescimento do assalariamento com carteira de trabalho assinada (62 mil ou 8,5%) e decréscimo de sem carteira (cinco mil ou 4,2%).

Houve ainda aumento no contingente de trabalhadores no agregado outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (oito mil ou 13,3%), e declínio no número de autônomos (26 mil ou 8,2%) e no de empregados domésticos (6 mil ou 4,7%). Na comparação com junho de 2013, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (1,8%) e ficou relativamente estável para os assalariados (+0,4%).

Na mesma base de comparação, a massa de rendimentos reais aumentou entre os ocupados (6,4%) e entre os assalariados (7,5%). Nos dois casos, os resultados derivaram de aumentos mais intensos no nível ocupacional.