Ao prenderem o traficante Carlos Henrique Ferreira dos Santos, 21 anos, na localidade Nova Constituinte, periferia de Salvador, os policiais da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM) impediram que ele e outros integrantes de uma quadrilha rival de Daniel Pereira dos Santos, mandante da chacina ocorrida na noite de sábado (9), em Periperi, vingassem as mortes das seis pessoas executadas na Rua Guiné.

O delegado Daniel Pinheiro, da DHM, apresentou o criminoso à imprensa, nesta quinta-feira (14), no auditório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba.

Com o objetivo de saber o paradeiro da companheira do traficante Jean Jorge Gonçalves dos Santos – um dos participantes da chacina – e por meio dela chegar até o grupo de Daniel, o traficante Carlos Henrique sequestrou uma adolescente ligada ao casal, no momento em que ela saia da casa da avó, em Paripe. A garota foi encontrada por investigadores do DHPP na manhã de segunda-feira (11), em um matagal, após denúncia de moradores da região.

Ao ser preso, na terça-feira (12), Carlos Henrique escondia em casa oito ‘pinos’ de cocaína, uma ‘pedra’ de crack, um aparelho de celular, além de R$ 160. Ele já responde por assalto a mão armada e foi autuado também por associação ao tráfico, tráfico de drogas, sequestro e constrangimento ilegal.

Carlos Henrique faz parte da quadrilha de Leno Reis Menezes, ex-comparsa e atual rival de Daniel Santos. Na casa onde ocorreu a chacina, em Periperi, familiares de Leno festejavam um aniversário, e os convidados foram surpreendidos com o o ataque dos criminosos.

Indulto do Dia dos Pais

Respondendo pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e associação ao tráfico, Daniel foi beneficiado com indulto do Dia dos Pais, e deixou o Conjunto Penal de Lauro de Freitas no mesmo sábado, poucas horas antes de comandar os seis assassinatos em Periperi.

O criminoso retornou ao sistema prisional, para onde Carlos Henrique Ferreira dos Santos também já foi encaminhado. Os policiais do DHPP intensificam as buscas para prender Jean Jorge e Diego de Souza Gonçalves, outro envolvido na chacina, que já tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.