Funceb divulga resultados dos editais do Programa de Qualificação nos Circos

A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), vinculada à Secretaria de Cultura (Secult) divulgou os resultados dos editais do Programa de Qualificação nos Circos 2014 – o de Premiação dos Circos Itinerantes e o de Oficinas e Atividades de Intercâmbio nos Circos Itinerantes.

Em conjunto, os dois concursos vão promover interlocução entre o Novo Circo e o Circo Tradicional na Bahia, com a seleção de três circos itinerantes de lona para receber, cada um, o aporte de R$ 50 mil, além da oportunidade de sediar ações formativas propostas por cinco profissionais circenses escolhidos. As listas com os selecionados e suplentes podem ser acessadas no site da Funceb.

Para o Edital de Premiação dos Circos Itinerantes, foram inscritos 14 circos. Os três selecionados são o Holiday (atualmente em Santa Maria da Vitória), Transglobo (armado recentemente em Novo Horizonte) e Kadoshy (montado em Dias d’Ávila). Como suplentes estão o Circo Bismark, Fantástico Circo Sul América e Circo Espetacular.

Já no Edital de Oficinas e Atividades de Intercâmbio nos Circos Itinerantes foram 35 inscritos, sendo sete para Diretor de Espetáculo, sete para a categoria de Palhaço, quatro para Produtor, 11 para Técnico de Números de Solo e seis para Técnico em Número Aéreo, havendo um selecionado para cada especialidade com os devidos suplentes.

Cada um dos cinco oficineiros vai ministrar aulas durante 15 dias nos três circos contemplados recebendo o valor bruto de R$ 12.975, referente a cachê e despesas relacionadas à totalidade das ações, e prevendo a realização de um espetáculo de encerramento com cada circo.

Memória

Em sua 2ª edição, o Programa de Qualificação nos Circos consolida uma iniciativa realizada em 2012, quando uma Chamada Pública da Funceb teve o mesmo foco, respondendo aos diagnósticos do Mapeamento e Memória do Circo na Bahia, feito por meio de viagens por todo o estado no contato direto com os circenses, num trabalho de pesquisa iniciado em 2007.

O Mapeamento, que já contabilizou 56 companhias, evidenciou carência de qualificação técnica dos artistas que circulam pelo interior baiano, inclusive pela dificuldade de seus integrantes frequentarem cursos fora dos circos pela sua natureza nômade. Este fator é decisivo para as deficiências dos espetáculos apresentados e a consequente restrição de público, impactando na receita dos circos itinerantes e na qualidade de vida de quem os mantém.

O Mapeamento também demonstra que os artistas das trupes e companhias estabelecidas nas grandes cidades possuem mais acesso às novas informações, métodos e tecnologias, porém não detêm os saberes referentes à itinerância.

Novos recursos

Tendo em vista esta realidade, o programa busca novas formas de fomentar a arte circense no estado, com o investimento total de R$ 214.875. Para tanto oportuniza intercâmbio para qualificar o circo itinerante – ou Circo Tradicional – e possibilitar aos artistas do Novo Circo a vivência da itinerância, além de oferecer recursos financeiros que poderão ser aplicados, por exemplo, na aquisição de equipamentos de som, iluminação, ferragens ou na sonhada lona, a depender das necessidades.