Gestores dos oito centros públicos implantados ano passado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) na capital e em cinco Territórios de Identidade do estado participam, até esta sexta-feira (12), do Encontro de Diálogos sobre os Contratos de Gestão dos Centros Públicos de Economia Solidária. O evento foi aberto nesta quarta-feira (10) e o objetivo é fazer uma avaliação e alinhamento das ações que foram realizadas após quase dois anos de execução desta nova política pública no estado, além de promover a troca de experiência entre os coordenadores dos equipamentos públicos com vistas à superação das dificuldades.

O encontro, realizado no Espaço Crescer da Setre, no Centro Administrativo da Bahia, foi aberto pelo secretário de Trabalho, Nilton Vasconcelos, e contou com a presença do superintendente de Economia Solidária da Setre, Milton Barbosa, de técnicos da secretaria, além de representantes das Organizações Sociaisatendidas pelo Edital 09/2012 que disponibilizou, para dois anos de execução, recursos na ordem de R$ 25 milhões para implantação e gestão dos oito centros públicos de Economia Solidária.

O secretário destacou que os Centros Públicos implantados em parceria com organizações sociais são a grande novidade em termos de políticas públicas para a área de economia solidária.

“O objetivo da Setre com essa iniciativa é ampliar a oferta de assistência técnica aos empreendimentos associativos populares e solidários e a redes de economia solidária e comércio justo e solidário. Os dados apresentados aqui hoje revelam que as metas estão sendo aos poucos atingidas, mas queremos avançar mais. Por isso a importância dessa reunião, pois a troca de experiência certamente irá ajudar os gestores a superar as dificuldades vivenciadas no dia a dia”, observou.

Vasconcelos lembrou ainda que está em curso, na Setre, o processo de implantação de mais dez centros públicos de economia solidária para este ano.

O superintendente Milton Barbosa disse que foi justamente por se tratar de uma novidade que a Setre decidiu organizar o encontro, possibilitando que as próprias organizações sociais, que conhecem sua realidade, façam uma avaliação do seu desempenho na execução da ação.

“Este encontro serve para uma autoavaliação e é uma troca de experiência inovadora em busca dos ajustes necessários para superar os desafios”, observou o superintendente da Sesol.

Avanços

Muitos são os avanços apresentados pelos coordenadores dos oitos centros públicos, como melhoria na organização dos empreendimentos e na qualidade dos produtos, melhor gestão dos recursos pelos grupos econômicos solidários, além da visibilidade e geração de renda que muitos empreendimentos estão conquistando em suas próprias comunidades.

No entanto, alguns desafios ainda precisam ser superados, como ampliação do número de empreendimentos atendidos, a busca de mais espaços para comercialização dos produtos em alguns municípios, assim como a conquista de registro de órgãos oficiais nacional e estadual que possibilite a compra dos produtos para merenda escolar distribuída por prefeituras e comercialização em supermercados e armazéns locais.

As atividades terão continuidade na manhã desta quinta-feira (11) com a participação do professor Gabriel Kraychete, professor titular da Universidade Católica do Salvador e coordenador do Programa de Pesquisa e Extensão Economia dos Setores Populares e da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da UCSAL. O professor irá falar sobre a importância do Estudo de Viabilidade Econômica e Planos de Trabalho.

No período da tarde, as atividades concentram-se em troca de experiências. Na sexta-feira, o grupo volta a se reunir até o meio-dia para balanço final dos trabalhos e aprovação de encaminhamentos.

Participam das atividades coordenadores dos Centros Públicos de Economia Solidária da Região Metropolitana de Salvador 2 e 4, com sede, respectivamente, nos bairros de Mares e Sussuarana, ambos geridos pelo Pangea; Região Metropolitana de Salvador 3, que tem sede na Barra e gestão da entidade Filhos do Mundo; Sertão Produtivo, em Guanambi, sob responsabilidade da Organização Social Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Sudoeste Baiano (IDSB); Litoral Sul (Itabuna) e Sertão do São Francisco, em Juazeiro, ambas sob responsabilidade da Organização Social Josué de Castro; Bacia do Jacuípe, com sede em Pintadas e gerido pela Organização Social Rede Pintadas; e Recôncavo, com sede em Cruz das Almas e gestão da Comissão Evangélica dos Direitos da Terra (Cediter).