Em agosto, a taxa de desemprego da Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou relativamente estável, ao passar de 18% para 18,1% da População Economicamente Ativa (PEA). O contingente de desempregados foi estimado em 335 mil pessoas, mil a menos que no mês anterior. O resultado deveu-se à redução da PEA em 20 mil pessoas, o que compensou a queda do número de pessoas ocupadas (19 mil).

As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan) em parceria com Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fundação Sistema Estadual de Estudos e Análise de Dados (Seade) e Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda do Estado (Setre).

Em agosto, a taxa de participação, indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, diminuiu de 58,6% para 57,9%. O contingente de ocupados diminuiu (1,2%), passando de 1.532 mil para 1.513 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve redução no número de ocupados no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (19 mil, ou 6,4%) e na Construção (5 mil, ou 3,3%). Também houve relativa estabilidade no setor de Serviços (+3 mil, ou +0,3%) e estabilidade na Indústria de transformação.

Análise segundo o tipo de inserção ocupacional

Segundo o tipo de inserção ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados reduziu no mês agosto (21 mil, ou 2%). O nível ocupacional diminuiu no setor privado (21 mil, ou 2,3%) e no setor público (3 mil, ou 2,1%). No setor privado, o número de ocupados decresceu entre aqueles com carteira assinada (19 mil, ou 2,4%) e entre os sem carteira (2 mil ou 1,7%).

Registrou-se aumento no número de empregados domésticos (4 mil, ou 3,3%) e redução no número de trabalhadores no agregado. Em outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros, o aumento foi de mil (1,5%); o contingente de trabalhadores autônomos manteve relativa estabilidade (-1 mil, ou -0,3%).

No mês de julho, o rendimento médio real diminuiu tanto para os ocupados (0,7%) quanto para os assalariados (1,5%). Seus valores passaram a equivaler a R$ 1.222 e R$ 1.313, respectivamente. No mesmo período, a massa de rendimento médio real diminuiu para os ocupados (1,1%) e para os assalariados (2,8%). Nos dois casos, o resultado derivou das variações negativas tanto do rendimento médio real quanto do nível de ocupação.

Comportamento também é estável na comparação anual

Em relação a agosto de 2013, a taxa de desemprego total ficou relativamente estável, ao passar de 18,2% para os atuais 18,1% da PEA. No mesmo período, o contingente de desempregados diminuiu em 6 mil pessoas, devido à redução da População Economicamente Ativa (24 mil pessoas) ter superado o declínio da ocupação (18 mil pessoas). A taxa de participação diminuiu de 59,7% para os atuais 57,9%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados decresceu (1,2%), passando de 1.531 mil pessoas para 1.513 mil. Entre os principais setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional elevou-se apenas na Construção (6 mil, ou 4,3%); houve redução nos Serviços (14 mil, ou 1,5%) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (3 mil, ou 1,1%). Já a Indústria de transformação não variou.

Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado cresceu (7 mil ou 0,7%), devido ao aumento do emprego no setor privado (17 mil ou 2%), já que no setor público houve redução (12 mil, ou 7,8%). No setor privado, registrou-se aumento no número de assalariados com carteira de trabalho assinada (31 mil, ou 4,2%) e decréscimo no de sem carteira (14 mil ou 11%). Houve aumento no contingente de trabalhadores no agregado Outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (4 mil, ou 6,3%), e declínio no número de Autônomos (26 mil, ou 8,3%) e no de empregados domésticos (3 mil, ou 2,3%).

Na comparação com julho de 2013, o rendimento médio real reduziu para os ocupados (0,6%) e para os assalariados (2,5%). Na mesma base de comparação, a massa de rendimentos reais aumentou entre os ocupados em 1,7% e entre os assalariados em 3,1%. Nos dois casos, devido a aumentos no nível de ocupação, já que o rendimento médio real declinou.