Até o próximo dia 30 de setembro, durante a 1a Mostra de Pedras Preciosas e Artesanato Mineral, baianos e turistas podem conhecer a diversidade e qualidade das pedras preciosas produzidas na Bahia. Realizada pelo Centro Gemológico da Bahia (CGB), a mostra, aberta nesta quinta-feira (18), está sendo realizada na sede da instituição, localizada na Ladeira do Carmo, nº 37, no Centro Histórico, em Salvador, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h.

A exposição reúne exemplares de pedras como esmeralda, rubi, safira, ametista, água-marinha, topázio e quartzo rutilado, dentre outras. “O objetivo é divulgar a riqueza mineral do estado, bem como o trabalho dos artesãos e ourives que temos aqui”, explica a coordenadora e gemóloga do CGB, Monica Correa.

No mercado de esmeraldas, por exemplo, a Bahia é o segundo maior estado produtor do país, atrás apenas de Goiás. Só o município de Campo Formoso produz mais de quatro toneladas da pedra preciosa por mês, sendo metade desta produção exportada para a Índia.

Emprego e renda

Em 2010, o Governo do Estado reduziu, de 27% para 4% o ICMS para o segmento de gemas (pedras não lapidadas) e jóias. Com isso, muitos profissionais deixaram a informalidade, além de gerar mais emprego e renda nas regiões produtoras. Atualmente, o setor é responsável pela geração de mais de três mil postos de trabalho diretos no estado.

Um dos expositores, o artesão Robério Defensor confecciona peças de arte e decoração a partir da pedra de quartzito azul no município de Macaúbas. Ele acredita que a atividade pode gerar ainda mais empregos. “Vejo um mercado com muito potencial porque trabalhamos com um material que só existe no Brasil e na Bahia”.

Participam da mostra 20 artesãos das cidades de Campo Formoso, Jacobina, Novo Horizonte, Macaúbas e Itambé, além do distrito de Abóboras (Jaguarari), que vão expor e comercializar seus trabalhos feitos em mármore (bege Bahia e azul Bahia), biotita, pedra-sabão, granito e argila.

Curso de joalheria

O evento conta ainda com a presença de quinze ourives, formados pelo curso de joalheria básica e gemologia do Senai, que expõem as jóias fabricadas durante a capacitação. Ao todo, 100 alunos são formados a cada ano.

Há pouco mais de cinco anos, a ourives Val Macedo participou de um dos cursos e desde então é dona da própria loja de jóias no Centro Histórico. “Fiz o curso para me aperfeiçoar e para mim está sendo ótimo porque é um trabalho do qual eu gosto muito”.

Graças ao potencial apresentado, a Bahia vai receber, no próximo, ano o congresso anual da Confederação Internacional de Joalheria (CIBJO). Sediado por um país da América Latina pela primeira vez, o evento será organizado pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Associação Baiana dos Produtores e Comerciantes de Gemas e Metais Preciosos, com o apoio do Governo do Estado da Bahia, e será realizado no mês de maio, em Salvador.