O Projeto ‘Desterro-Expedição Etnográfica de Ficção’, do artista cearense Ícaro Lira, um dos participantes da 3ª Bienal da Bahia, que aconteceu de maio a setembro deste ano, foi transformado e livro e será lançado nesta segunda-feira (20), às 17h, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). A entrada é franca.

Natural de Fortaleza, Lira passou uma semana no município de Canudos, no nordeste baiano, produzindo textos e fotografias, além de realizar conversas e caminhadas pela região, acompanhado dos artistas Manoel Friques, Paula Borghi, Beatriz Lemos e Paulo Nazareth. O material serviu de inspiração para a exposição no Arquivo Público do Estado da Bahia, que ficou em cartaz durante a Bienal da Bahia, no período de 17 de julho até 7 de setembro.

O projeto fez parte do núcleo de Arquivo e Ficção de Ana Pato, curadora da terceira edição da Bienal. A ideia do Grupo de Trabalho Expedição Etnográfica de Ficção foi trabalhar colaborativamente na produção de uma publicação com textos, desenhos e fotografias que discutam a ideia de arquivo e ficção e da morte do projeto popular de Canudos. A versão online do livro está disponível na página do projeto.

Ícaro Lira é artista visual, editor e investigador, com pesquisa desenvolvida no âmbito do Documentário Experimental. Estudou Cinema e Vídeo na Casa Amarela-UFC, em Fortaleza, e montagem e edição de som no pelo Instituto de Cinema Darcy Ribeiro. Na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro participou dos Programas Fundamentação e Aprofundamento.

Em 2013 recebeu o Prêmio Arte e Patrimônio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e o Prêmio de Residência Artística da Fundação Joaquim Nabuco (Recife). Participou de Diversas Residências de Arte no Brasil e na América Latina, entre elas, do Capacete Entretenimentos, Terra UNA, Nuvem, La Ene (Argentina) e Vatelon (Uruguay).