Para melhorar a qualidade produtiva da mandioca no estado, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), implantou o primeiro Campo de Multiplicação de manivas-semente, na área de Assentamento Caxá, no município de Marcionílio de Souza, Território da Chapada Diamantina. A meta, em cinco anos, é implantar 77 campos de multiplicação em onze territórios de identidade, ampliando em 392 mil toneladas a produção de raízes de mandioca para a Bahia.

A iniciativa integra as ações da rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca com qualidade genética e fitossanitária para o estado da Bahia, o Projeto Reniva, como é conhecido, que tem o objetivo de possibilitar o acesso de agricultores familiares ao material propagativo de mandioca, partindo de variedades da raiz uso tradicional dos produtores e também de cultivares geradas pela pesquisa.

Em dezembro próximo, mais cinco campos de multiplicação de manivas-semente serão instalados em outros da região – Boninal, Ibicoara, Ibiquera, Wagner e Seabra. De acordo com o engenheiro agrônomo da EBDA, Albérico da Paixão, técnico do Reniva, o projeto vai oferecer aos agricultores familiares assistência técnica para que as cadeias produtivas da mandioca possam ser desenvolvidas.

“A EBDA com o Reniva se solidificará como o único e mais importante órgão de assistência técnica do estado, cumprindo seu objetivo para o desenvolvimento agropecuário, através da geração e transferência de conhecimentos e tecnologias, com foco nos princípios de sustentabilidade para o aumento de emprego, renda e a melhoria da qualidade de vida da população”, enfatiza o técnico.

Reniva 

O projeto teve início em 2010, com o objetivo de atender a falta de material propagativo de mandioca (maniva) e com qualidade, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste. O Projeto Reniva possibilita produzir cultivares livres de problemas fitossanitários, disponibiliza manivas de plantas de mandioca para serem multiplicadas e distribuídas para os agricultores familiares, valida genótipos de mandioca em diversos ambientes, além de resgatar variedades tradicionais.

Parceiros

Hoje atuam no projeto a EBDA, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Superintendência Federal de Agricultura (SFA-BA), Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados da Bahia, Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), Instituto Biofábrica de Cacau, Cooperativa dos Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), Cooperativa de Produtores de Amido de Mandioca do Estado da Bahia (Coopamido).

Também a Cooperativa Mista Agropecuária dos Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub), Escola Rural Tina Carvalho/Fundação José Carvalho, Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-BA) e Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac).