‘A Boca do Mundo – Exu no Candomblé’ é o primeiro documentário a ser exibido na ‘Mostra de Cinema Negro – Ancestralidade na África e Diáspora’, que começa nesta quarta-feira (26), às 15h, na Sala Walter da Silveira da Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador, e segue até 1º de dezembro. A cerimônia de abertura terá a participação dos secretários estaduais de Promoção da Igualdade Racial, Raimundo Nascimento, e da Cultura, Albino Rubim.

A produção propõe abordagem etnográfica e experimental sobre as múltiplas manifestações culturais de Exu, orixá/deus da religião afro-brasileira Candomblé. Também fazem parte da mostra ‘Tango Negro: As raízes africanas do tango’, ‘Atlântico Negro – Na rota dos orixás’, ‘O Dia de Jerusa’, que integrou a programação da 7ª edição do Festival de Cannes, em maio deste ano na França, ‘Serra do Queimadão’ e ‘Igi Obá Nile – Memórias de Mãe Raidalva’.

Realizada pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), em parceria com a Fundação Pedro Calmon (FPC), como parte das atividades do ‘Novembro Negro’, a iniciativa tem o objetivo de preservar a memória do patrimônio cultural afro-brasileiro e africano, a partir da exibição de documentários com histórias de vida de mulheres e homens negros.

Programação

Quarta-feira (26), às 15h
– ‘A boca do Mundo – Exu no Candomblé’, com 26 minutos. O documentário traz depoimentos de Mãe Beata de Iemanjá, ialorixá do Rio de Janeiro, e outras pessoas que vivem o candomblé.
Direção: Eliane Coster. Produção: Oka Comunicações.

Sexta-feira (28), às 15h
– ‘Tango Negro: As raízes africanas do tango’, com duração de uma hora e meia. O documentário desenrola-se em torno do tango, que surgiu em meados do século 19 por iniciativa de escravos negros, que foram esquecidos pela história nacional.
Direção: Dom Pedro.

Sábado (29), às 15h

– ‘Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás’ – O filme faz uma viagem no espaço e no tempo, em busca das origens africanas da cultura brasileira. Partindo das mais antigas tradições religiosas afro-brasileiras (o candomblé da Bahia e o tambor de mina do Maranhão), ‘Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás’ transporta os espectadores para a terra de origem dos orixás e voduns – o Benim, onde estão as raízes da cultura jêje-nagô.
Direção: Renato Barbieri.

Sábado (29), às 16h

– ‘O Dia de Jerusa’ é um curtametragem de 20 minutos de duração, estrelado por Léa Garcia e Débora Marçal. O curta se passa em Bexiga, no coração de São Paulo. Jerusa é moradora de um sobrado envelhecido pelo tempo, que em um dia especial recebe Silvia, pesquisadora de opinião que circula pelo bairro convencendo as pessoas a responderem questionários para uma pesquisa de sabão em pó.
Direção: Viviane Ferreira. Produção: Elcimar Dias Pereira.

Domingo (30), às 15h
– ‘Serra do Queimadão’ com 65 minutos de duração. O curta fala da comunidade que vive na região da Chapada Diamantina, remanescente de africanos escravizados na Bahia, a partir da história de seus moradores.
Direção: José Carlos Torres.

Segunda-feira (1º), às 15h
– ‘Igi Obá Nile – Memórias de Mãe Raidalva’, com 72 minutos de duração. O filme apresenta os 60 anos de iniciação da líder religiosa, a ialorixá Raidalva dos Santos do Ylê Axé Oyá Tolá (Passagem do Teixeiras – Candeias – Bahia). A filha do Engenho de Brotas se tornou ativista religiosa e social pela preservação da valorização do culto aos Orixás na Bahia e no Brasil.
Produção: Ilê Ayó e N5 Filmes.