O comércio varejista na Bahia cresceu de 2,8%, no mês de setembro, em relação a igual mês no ano de 2013. Essa variação superou a nacional que registrou, na mesma base de comparação, um leve crescimento de 0,5%. Na análise sazonal, o varejo na Bahia variou negativamente em 1,0%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE), e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan).

Quatro dos oito ramos de atividade que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram resultados positivos. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16%); Combustíveis e lubrificantes (6,2%); e Tecidos, vestuário e calçados (-4,7%).

Registraram comportamento negativo: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-22,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (15,1%); Móveis e eletrodomésticos (-2,3%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%). Para os subgrupos de Super e hipermercados, e o de Eletrodomésticos os resultados apurados foram negativos em 2%, e 4,9%, respectivamente, enquanto o de móveis foi positivo em 3,1%.

Os maiores impulsionadores das vendas na Bahia, em setembro, foram os segmentos de Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. No primeiro grupo, atribui-se o resultado à característica do ramo em englobar artigos de menor valor agregado, cabendo assim no orçamento do consumidor. Enquanto no segundo, o comportamento dos preços dos produtos farmacêuticos somado à essencialidade dos produtos comercializados foi determinante.

Por outro lado, o desempenho negativo dos segmentos de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Móveis e eletrodomésticos contribuíram para que o comércio varejista apresentasse um comportamento moderado nas vendas. Os desaquecimentos do consumo nesses ramos refletem, respectivamente, o menor ritmo de menor ritmo de crescimento da renda, as altas de preços dos principais produtos do subgrupo eletrodomésticos, bem como a baixa confiança e elevado grau de endividamento dos consumidores.

Comportamento do comércio varejista ampliado

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou em setembro crescimento de 2% nas vendas. Nos últimos 12 meses, a expansão no volume de negócios também atingiu a taxa de 2%.

O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 1,6% em relação a igual mês do ano anterior. O desempenho da atividade, em relação ao mesmo mês do ano anterior, pode ser atribuído às promoções realizadas por algumas concessionárias que atuam no ramo. Em relação ao segmento Material de Construção se observa recuo nas vendas (-4,1%) no mês de setembro, em relação ao mesmo mês do ano de 2013. Esse comportamento continua sendo reflexo da menor disponibilidade de crédito.