O boletim ‘Trabalho, renda e arranjos familiares na Região Metropolitana de Feira de Santana [RMFS]’, divulgado nesta quarta-feira (5) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), registra que entre as 41,8% das famílias da região, em 2013, eram chefiadas por mulheres.

De acordo com a SEI, o estudo foi realizado com base nas informações coletadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Feira de Santana (PED-RMFS), entre julho e outubro de 2013. De acordo com o trabalho, no período analisado, as famílias da região pesquisada tinham tamanho médio de 3,1 pessoas. As menos numerosas encontravam-se no grupo de maior renda familiar per capita (2,5 pessoas) e as mais numerosas no grupo de menor renda familiar per capita (3,5 pessoas).

O estudo tem objetivo de compreender melhor as configurações da família e do trabalho na RMFS, formada pelos municípios de Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, São Gonçalo dos Campos, Tanquinho e Feira de Santana. Segundo o boletim, “a análise do rendimento familiar é particularmente relevante para avaliar o nível de bem-estar das famílias e o acesso a bens e serviços básicos, o que depende da inserção produtiva e, em boa medida, do nível de rendimento de seus membros. Isso porque é na esfera familiar que são escolhidas as estratégias de reprodução e sobrevivência”.

Sustento dos domicílios

Os resultados apontam que a maior parte dos arranjos familiares na região se caracteriza por núcleos familiares tradicionais – famílias constituídas por casais com filhos (36,4%), seguido do arranjo ‘Outra’, que inclui famílias com presença de outros parentes ou agregados (22,0%). A pesquisa constatou ainda arranjos com casal sem filhos (13,3%), monoparental feminina (13,3%) e unipessoal (13,7%).

Um indicador relevante na caracterização das famílias refere-se à chefia, ou seja, os responsáveis pelo sustento dos domicílios. Entre as famílias que estão no grupo das 25% mais pobres, ou seja, com a menor renda familiar per capita, a proporção de famílias com chefia feminina representava 49,8%. No outro extremo da distribuição, o grupo composto pelas famílias com maior renda familiar per capita, a participação das mulheres na chefia era de 34,2%.

Ainda segundo a SEI, chama atenção a proporção de núcleos unipessoais masculinos se concentrar no grupo de rendimento per capita mais elevado – na faixa das famílias 25% mais ricas – enquanto as unipessoais femininas estão mais presentes no grupo imediatamente inferior.