O Governo da Bahia pleiteou ao governo federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, recursos para a construção do Canal do Sertão Baiano (CSB), que levará água para abastecimento de 44 municípios no norte do estado. O pleito foi feito durante encontro realizado na manhã desta segunda-feira (15), na Governadoria, em Salvador, destacando a sua importância para a segurança hídrica estadual. Participaram da reunião o governador diplomado, Rui Costa, o secretário estadual e o chefe de gabinete da Casa Civil, Carlos Mello e Bruno Dauster, e outros representantes do Estado e do governo federal.

O projeto do CSB, também conhecido como eixo sul da transposição do Rio São Francisco, está inserido no contexto da convivência com o semiárido. O projeto, com valor total estimado em R$ 6 bilhões, vai promover, além do abastecimento humano e dessedentação animal, o fortalecimento da agricultura e o incentivo à pecuária. O pleito é que ele esteja inserido no Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNHS) a ser construído em parceria com o Ministério da Integração Nacional, a Agência Nacional de Águas (ANA) e os governos estaduais.

Bruno Dauster destacou a importância do projeto para a população baiana e os benefícios econômicos. “Mais do que água, o projeto trará desenvolvimento para a região. O Canal do Sertão Baiano terá, ao todo, 300 quilômetros de extensão, e reservatórios abastecerão tanto as áreas urbanas quanto as rurais dos municípios beneficiados".

Plano Nacional de Segurança Hídrica

Na ocasião, foi apresentado o Plano Nacional de Segurança Hídrica, que vai discutir a infraestrutura hídrica do Brasil a médio e longo prazo. O objetivo do plano é definir as principais intervenções e estratégias de recursos hídricos do país, tanto para abastecimento humano quanto para atividades produtivas.

Segundo o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, os governos es taduais terão participação ativa na construção do plano, que deve durar cerca de dois anos e vai atender às demandas até 2035. “Os governos vão indicar o que é prioridade em cada estado. Estamos aqui para conhecer as demandas da Bahia”. As obras inseridas no PNHS devem ter natureza estruturante e relevância regional ou abrangência interestadual.