Artesãos baianos recebem selo de qualidade do Ibametro

O total de 33 artesãos baianos tiveram seus produtos certificados pelo Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), em 2014, recebendo o selo ‘Bahia Feita à Mão’, concebido pelo Instituto Mauá, em parceria com o Ibametro, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-BA) e o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O objetivo é valorizar e fortalecer o artesanato regional, ampliando as chances de negócios para os artesãos a partir da maior qualidade aplicada nos processos de produção. Desde 2012, quando foi lançado o selo, 101 artesãos já certificaram suas peças.

O selo valoriza o artesanato a partir de requisitos como o respeito à legislação ambiental, a não utilização de mão-de-obra infantil, e a fidelidade às raízes e simbologias do estado. “Um produto artesanal, para ser competitivo, precisa atender a uma série de requisitos das Agências de Fomento à Exportação de Artesanato e a certificação visa justamente garantir esse nível de qualidade”, explica o responsável pela Diretoria de Sistemas e Estratégias (DSE) do Ibametro, Leandro Sady.

Como participar

Para ter acesso ao programa, os profissionais se inscrevem por meio de edital aberto anualmente, podendo certificar até dois produtos – não há cobrança de taxas. Após processo de auditoria, é concedida a certificação a determinado produto, válida por três anos, sendo que anualmente o artesão deve submeter a peça à denominada auditoria para manutenção da certificação.

Os artesãos cadastrados são dos municípios de Ilha de Maré, Euclides da Cunha, Pindaí, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Guanambi, Ilha de Itaparica, Nova Soure, Santo Amaro, Morro do Chapéu, Camaçari, Feira de Santana, São Sebastião, Dias D’ávila, Irará e Lençóis, além da capital baiana. Entre as matérias primas usadas estão fios e tecidos, madeira, palha de oricuri, papelão e argila.

Benefícios

Para a artesã Carolina Leão, de Salvador, o principal ganho da certificação foi a melhor estruturação do processo de produção. A profissional certificou dois produtos – o Tucano e a Bela África -, que utilizam como matéria-prima o papelão. “Inscrevi no programa esses dois produtos por serem os mais importantes entre os que confecciono. Eles têm saída garantida e já comercializo há muitos anos. Agora, com a certificação, me sinto mais segura com a qualidade do meu trabalho”.