O secretário estadual de Cultura, Albino Rubim, acompanhado por parlamentares, dirigentes e técnicos estaduais, realiza nesta sexta-feira (19), às 10h, visita às obras de reforma do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), localizado no complexo arquitetônico do Solar do Unhão (Avenida Contorno, s/nº, telefone 3116-8877), às margens da Baía de Todos-os-Santos, em Salvador.

Esta é considerada a mais importante intervenção predial já realizada no MAM, desde a criação, no início da década de 60. As construções mais antigas do museu remontam ao século 17I, quando um engenho funcionava no local. As obras são  realizadas em duas etapas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult0, que administra o complexo e todos os museus estaduais, como o Palácio da Aclamação, nas imediações do Forte de São Pedro, o Palacete das Artes, no bairro da Graça, o Centro Cultural Solar Ferrão, no Pelourinho, entre outros.

Tesouro estadual

A primeira etapa é física-estrutural e a segunda – a ser realizada em 2015 – contempla outras melhorias, como climatização e ações técnico-funcionais. Na primeira, foram investidos R$ 7,5 milhões, que incluíram a restauração da capela, da Galeria 1 (galpão do cinema e reserva técnica) e a passarela do Parque das Esculturas.

Já a segunda etapa tem investimento previsto de R$ 8 milhões para reforma e requalificação de espaços, a exemplo do casarão, as oficinas do MAM, a Galeria 3, os famosos arcos criados pelo arquiteto Diógenes Rebouças e o Parque das Esculturas. A segunda fase contempla ainda ainda a subestação de energia, reformas de sanitários, vestiários, sala da diretoria e climatização em todos os ambientes fechados, com recursos exclusivos do tesouro estadual.

A reforma busca resgatar parte do projeto original que a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi criou para o conjunto histórico do Unhão na década de 60.

Acervo

Uma das ações mais importantes da intervenção é a criação de uma Reserva Técnica profissional, que o MAM nunca dispôs, para o seu acervo permanente que hoje reúne cerca de 1,2 mil obras de arte moderna e contemporânea. Esse número vai aumentar com as novas obras adquiridas pela Bienal da Bahia, este ano, pela Secult e Ipac em parceria com a Fundação Hansen Bahia. Nos últimos anos, por condições de segurança, o acervo foi transferido para o Palacete das Artes, em função de possíveis prejuízos pela ausência de um espaço adequado para guardá-lo.

Durante a reforma, o MAM não foi fechado, funcionando e abrindo espaços de acordo as possibilidades do cronograma da intervenção. Outros problemas resolvidos foram as graves infiltrações que comprometiam a sala de cinema e da administração. Além de ser considerado o principal espaço para a arte contemporânea da Bahia, o MAM sedia várias mostras temporárias simultâneas, exposições permanentes, eventos artísticos diversos, como o ‘Jazz no MAM’ e o ‘Pinte no MAM’, além de dispor de um café. O local é ainda um dos principais pontos de visitação turística da capital baiana. O museu recebe aproximadamente 200 mil pessoas por ano.