Mais 539 alunos das redes pública e particular de ensino se formaram no Programa de Resistência às Drogas e Violência (Proerd), na manhã desta terça-feira (2), em cerimônia no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras, em Salvador. O programa desenvolvido pela Polícia Militar, em parceria com as escolas e as famílias, garante a orientação dos estudantes sobre temas ligados ao consumo de drogas e à violência.

Criado em 2003, o Proerd consiste de atividades lúdicas em sala de aula envolvendo os estudantes. Técnicas e métodos de ensino infantil, tratamento de dependência de drogas e noções de toxicologia estão entre os temas abordados no treinamento. Em 17 lições, os alunos aprendem a fortalecer a autoestima, a responsabilidade, o bem-estar social e a cidadania.

“As aulas são desenvolvidas em 12 encontros, ou seja, uma aula por semana. O objetivo é desenvolver o senso crítico dos alunos e fazer valer a função da Polícia Militar, que é a de preservar a vida”, explica o subtenente Roberval Barreto, coordenador do Proerd.

Prevenção

O curso, ministrado por agentes capacitados da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), teve duração de quatro meses em oito escolas baianas. Desde a criação do Proerd, aproximadamente 328 mil estudantes já se formaram no programa. Para as professoras, que acompanham diariamente as crianças, são necessárias atividades de conscientização para a prevenção do vício e dos problemas sociais decorrentes.

“Serve para mostrar às crianças o estrago que as drogas podem fazer e quais são os tipos de drogas. Além disso, o mais importante – o programa ensina como dizer não”, afirma a professora Ariana Paula Silva.

Aos 10 anos, a estudante Rebeca Mel Santana já tem conceito formado sobre as drogas. Durante as aulas, ela tirou uma importante lição. “Aprendi que não devemos experimentar nenhum tipo de droga, a evitar bebidas alcoólicas e não fumar. Porque com as drogas são assim, um dia você acende elas, no outro elas te apagam”.

Consciência

Para a mãe da estudante, Márcia Santana, que também é policial militar, é um orgulho ver a filha consciente sobre o que não se deve fazer. Ela conta que apoia o programa há anos e que Rebeca está seguindo os mesmos passos.

“O programa é muito importante e eu faço parte. Por meio dele, combatemos um grave problema social. Hoje estou muito feliz e orgulhosa de minha filha estar se formando. Ela passa a ter uma visão coerente do que é o mundo das drogas para nunca fazer parte dele”, diz Márcia.

Na cerimônia deste ano, a diversão foi garantida. Os estudantes dançaram, cantaram e ainda foram homenageados com premiação. Os três vencedores do concurso de redação Proerd ganharam uma bicicleta, cada um. Para a número um, Lavínia Souza Santos, 10 anos, o programa é sinônimo de satisfação. “O concurso foi legal. Pude expressar tudo o que aprendi no curso através do texto no papel. Fiquei surpresa de vencer, mas muito feliz”.