Em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia (Secti), a Fiocruz Bahia vai lançar, na sexta-feira (12), sua Plataforma de Tecnologias para o SUS, no Parque Tecnológico da Bahia. A cerimônia de inauguração ocorrerá às 15h e deverá atrair autoridades e pesquisadores de diversas instituições das áreas de saúde, ciência e tecnologia.

Instalada numa área de cerca de 80 metros quadrados e conectada à Rede Metropolitana Salvador (ReMeSSA), a nova plataforma será iniciada com o projeto m-ACS, que pretende desenvolver soluções tecnológicas, com emprego de tablets, conectados à rede móvel de dados ou ao ponto de acesso Wi-fi, com aplicativos (Apps) específicos, desenvolvidos de acordo com as necessidades de atuação dos agentes comunitários de saúde, considerados o elo entre os moradores e a equipe de saúde da família.

Atualmente, no Brasil, existem mais de 257 mil agentes que participam de cerca de 35 mil equipes de Saúde da Família, com cobertura de 62 milhões de pessoas. Neste sentido, o projeto objetiva ainda estudar e propor novos usos dos dispositivos móveis e aplicar técnicas mais avançadas para análise dos dados da Saúde da Família, além de monitorar e entender o comportamento da saúde das comunidades, orientando o direcionamento de intervenções e ações em saúde pública. Com o projeto, são esperados impactos para o agente, para o gestor, para o cidadão e para o sistema em geral.

Direcionamento

Estima-se que o desenvolvimento destes dispositivos possa ajudar na identificação e atuação de forma precoce em relação à história natural de doenças, permitindo ainda agilidade do fluxo e do tratamento da informação, tanto na transmissão, quanto na recepção, o que deve permitir direcionar melhor as ações das equipes da Saúde da Família. Os gestores, por sua vez, ganham ferramentas para monitoramento epidemiológico e a sociedade poderá ter à sua disposição a produção de novos conhecimentos, gerados a partir do cruzamento de informações importantes, devido ao volume de dados gerados.
De acordo com o diretor da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, os aplicativos (Apps) e sistemas desenvolvidos serão disponibilizados para uso gratuito pelo SUS, e um estudo piloto da solução será realizado na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Após avaliação dos resultados, espera-se ampliar o piloto para outros municípios, com a realização de um estudo multicêntrico.