A Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado (Setre) lança, nesta sexta-feira (12), o documentário ‘A Cor do Trabalho’, que trata da história, formação e desenvolvimento dos empreendedores negros. A sessão especial de apresentação é aberta ao público e acontece às 19h, no Teatro Uneb, no Campus I da universidade, no bairro do Cabula, em Salvador.

Dirigido pelo cineasta baiano Antônio Olavo, o documentário faz um resgate histórico da relação do negro com o trabalho na Bahia, desde a época da escravatura até os dias atuais. Registra como a união entre a solidariedade e o trabalho constituiu uma força com o poder de transformar histórias e vidas da população negra na Bahia, afirmando suas vivências, superando as muitas adversidades e servindo de exemplos e referências para as gerações posteriores.

Em todas as histórias apresentadas, fica evidente o papel determinante da educação na história de vida dos profissionais entrevistados. O documentário faz referências a trabalhadores negros que marcaram época na Bahia, a exemplo do advogado Cosme de Farias e o engenheiro Teodoro Sampaio.

Também apresenta nomes da atualidade como a presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Oliveira, o diretor do Olodum, João Jorge, a cantora Margareth Menezes, a educadora Olívia Santana, entre inúmeros outros profissionais negros anônimos, que contam histórias reais e como conseguiram dar outro destino a suas vidas, não repetindo a sina dos antepassados.

Economia Solidária

A realização de ‘A Cor do Trabalho’ faz parte de um conjunto de políticas públicas desenvolvidas pela Setre nos últimos oito anos, entre as quais o recente Edital de Apoio à Economia Solidária de Matriz Africana, que tem por objetivo fortalecer e promover a valorização permanente das raízes históricas do povo negro, nos aspectos sociais, econômicos, culturais, étnicos, religiosos e políticos.

O documentário não tem cunho comercial e o publico principal são os alunos de escolas públicas do estado. As exibições sempre terão acesso livre ao público e as cópias serão distribuídas, como doação, para bibliotecas, instituições públicas culturais, entidades negras e todas as escolas do ensino fundamental e médio da rede estadual.