A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi) divulgou, nesta quinta-feira (22), as entidades da sociedade civil vencedoras do Prêmio Manuel Faustino, que tem o objetivo de estimular e divulgar experiências voltadas para o empoderamento político e social da juventude negra. A solenidade de premiação será realizada em março deste ano.

Foram selecionadas as organizações Instituto Casa da Cidadania de Serrinha (ICCS), Conselho das Associações Quilombolas do Território Sudeste da Bahia, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (ISDB), Instituto Comvida, Associação Cultural Bantu, Associação de Desenvolvimento Comunitário São Sebastião e Pratacatum.

Além do prêmio no valor total de R$ 70 mil, a Sepromi publicará matéria especial em catálogo impresso e participação em documentário gravado em DVD, contendo narrativas e depoimentos das pessoas envolvidas nos projetos. O concurso faz parte do Plano Juventude Viva na Bahia, que é direcionado ao enfrentamento à violência contra o segmento.

Seleção

Para participar do concurso, as organizações demonstraram experiências com resultados efetivos relacionadas à juventude negra. A seleção das instituições foi feita por edital e avaliação de uma comissão integrada por representantes da Sepromi, além de profissionais que lidam com a temática, a exemplo da jornalista Cleidiana Ramos, a mestra em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Carla Akotirene, e o ator, diretor e dramaturgo baiano Ângelo Flávio.

Homenagem

O Prêmio Manuel Faustino é uma homenagem ao jovem negro que figurou entre os líderes da Revolta dos Búzios, ocorrida na Bahia, entre 1798 e 1799. Juntamente com Lucas Dantas, Manoel Faustino, Luís Gonzaga e João de Deus, ele teve o nome incluído no Livro dos Heróis Nacionais, em março de 2011, por meio de lei federal sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Natural de Salvador, Manuel Faustino era filho de escrava liberta e pai desconhecido.