A hanseníase, doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ainda constitui motivo de preocupação em muitos municípios baianos. Dados ainda provisórios indicam que no ano passado, até outubro, foram notificados 1.913 casos novos, um coeficiente de 12,65 por 100 mil habitantes, configurando alta endemicidade segundo os parâmetros oficiais. Em 2013, foram diagnosticados 2.227 casos novos. Destes, 162 ocorreram na população entre 0 e 14 anos.

Com o propósito de chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), por meio do Programa de Controle da Hanseníase, em conjunto com a Secretaria de Saúde do Município de Salvador, promove atividades para marcar o Dia Mundial da Hanseníase, comemorado no último domingo de janeiro.

Nesta sexta-feira (23), no auditório Marlene Tavares, na sede da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Centro de Atenção à Saúde Professor José Maria de Magalhães Netto/CAS), acontece a abertura da semana de mobilização, com discussão de casos clínicos com profissionais da rede.

Na próxima semana (26 a 30), os Distritos Sanitários de Salvador farão busca ativa de contatos e ação educativa em sala de espera, enquanto voluntários do curso de serviço social da Faculdade Vasco da Gama realizarão atividade educativa no Dique do Tororó e na passarela da Avenida Vasco da Gama.

Doença infectocontagiosa

Os casos da doença, que compromete principalmente a pele e os nervos periféricos, provocando manchas, alteração da sensibilidade e inflamação, estão distribuídos de forma heterogênea. No entanto, algumas regiões apresentam áreas de concentração de casos, principalmente o norte, oeste e extremo sul, contribuindo para as elevadas taxas no estado.

A hanseníase é transmitida por meio das secreções das vias respiratórias (nariz e boca) para as pessoas que convivem com o doente não tratado. Assim que é iniciado o tratamento, os pacientes deixam de transmitir a doença. Se não for tratada precocemente, pode se tornar grave e gerar deformidades físicas devido ao comprometimento dos nervos, principalmente nas mãos, pés e face. Mais detalhes sobre a doença e as ações do governo estadual estão disponíveis no site da Sesab.