Barreiros trincheiras - Abaré
Foto: Divulgação/SDR

Aldeamentos rurais do município de Abaré, no Território Itaparica, serão contempladas com 63 barreiros trincheiras para armazenamento de água. A ação, além de promover a segurança hídrica para as famílias, com acesso à água limpa e de qualidade, possibilita a criação de animais de pequeno porte e pequenos plantios de feijão e milho para alimentação animal.

A iniciativa é do Governo do Estado, por meio do Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.

A implantação de tecnologias sociais será realizada nos aldeamentos de Icó, Angico, Curralinho, Escalavrado, Fortuna, Garajau, Lajes, Malhada Grande, Malhador Zé Grande, Passagem Funda, Pau de Colher, Pereiro, Poço do Umbuzeiro, Quixaba, Salinas, Taboas e Umbuzeiro do Remo.

Os aldeamentos integram a Associação Comunitária Indígena Tuxi da Aldeia Curralinho e Região. Morador do Aldeamento Icó, onde o primeiro barreiro foi construído, Neguinho Monteiro comemora: “Aqui ficou muito bom e, com fé em Deus, quando vier a chuva, ele vai segurar os 500 mil litros de água. Ficou uma beleza”.

Os beneficiários estão sendo atendidos com assistência técnica e extensão rural (Ater), por meio da Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), organização contratada pelo projeto Bahia Produtiva, e contam também com o acompanhamento de um Agente Comunitário Rural (ACR).

De acordo com o ACR Deivi Nascimento, as ações do Bahia Produtiva visam as etapas de análise do terreno, escavação do barreiro e limpeza de barragem, quando já houver. Ele explica que o terreno e a geografia aliados à quantidade de terra que determinam a tecnologia a ser implantada, e a escolha do local onde será construído envolve o constante diálogo com a família beneficiária.

“Nas comunidades de Abaré, estamos testando uma barriguinha mais profunda com 3,5 metros de profundidade, contribuindo para minimizar a evaporação. É uma lâmina de água menor que a tradicional, pois o barreiro mais profundo deixa cair muita terra. Por isso optamos pelo formato de prisma ou trapézio. Com esse modelo, diminuímos o desmoronar das paredes, um problema que prejudica os beneficiários, pois diminui a capacidade de armazenamento”, afirma Deivi.

Na Associação Comunitária Indígena Tuxi estão sendo investidos R$ 438,5 mil pelo Bahia Produtiva. Além dos benefícios dos barreiros trincheiras, as famílias estão fortalecendo a atividade da ovincaprinocultura na base alimentar, na segurança hídrica e tecnologias para a conservação de alimentos da Caatinga.

Fonte: Ascom/SDR