Foto: Mateus Pereira/GOVBA

O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) promoveu, nesta quarta-feira (17), a primeira edição do evento ‘Representatividade e Combate ao Racismo’, com mesa-redonda, apresentação de balé e exposição do fotógrafo Manu Dias, que fica disponível até o fim do mês, no primeiro andar do prédio anexo. A edição faz parte do projeto ‘Novembro Negro 2021’, uma série de eventos de combate ao racismo e à intolerância religiosa e de garantia de direitos da população negra.

Um dos objetivos da programação é fortalecer as ações afirmativas e de inclusão social e dar visibilidade às pessoas negras que ocupam diversas posições no HGRS. “É uma ação institucional que visa fortalecer ações de inclusão social e de combate ao racismo. O hospital tem o privilégio de ter a primeira diretoria majoritariamente feminina, fortalecendo a posição das mulheres, e dentro das ações afirmativas que foram tomadas, a diretora de enfermagem, Indiane Adabe, resolveu fazer uma semana dedicada à consciência negra”, comentou o diretor-geral do HGRS, Adil Duarte.

Para a idealizadora do evento, o mês da consciência negra é marcado pela representatividade histórica do povo negro e da morte de Zumbi dos Palmares. “Em nosso corpo de trabalho, nós temos várias pessoas negras em várias posições e, a partir dessa visibilidade, a gente está trazendo a representatividade de cada um deles como uma forma de combater o racismo institucional”, complementou Indiane Adabe.

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Com fotos que apresentam a autoestima dos trabalhadores negros, o fotógrafo Manu Dias destacou que “imediatamente abracei a pauta e começamos a desenvolver ideias para chegar a esse resultado. A partir daí, fomos para o processo de descoberta, como cada um gostaria de ser ver, resultando numa explosão de criatividade e de autoestima muito natural de cada um deles, sendo um processo muito interessante”.

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Uma das profissionais fotografadas na exposição, Rute Silva se sente representada ao ver pessoas negras reconhecidas no ambiente de trabalho e considera a iniciativa da instituição importante por olhar cada indivíduo como único na população. “Para mim, o evento é de grande importância, porque nos reconhece, nos representa, como mulher negra, como trabalhadora, aquela que dá sangue e suor, que vive uma luta diária para construir uma sociedade que é plena, que é linda e é para todos”, relatou.

Repórter: Lucas Gravatá