Se confirmada a estimativa de 10,24 milhões de toneladas em 2021, a safra baiana de grãos terá crescimento de 3,5% na comparação com 2020. Para este ano está previsto ainda, dentre outras culturas, o crescimento nas safras de cana-de-açúcar, cacau, uva e banana. Além da produção agrícola, o Governo do Estado comemora também números positivos da economia baiana no comércio varejista, que cresceu 5,5% no acumulado do ano, e o aumento de 3,7% da produção industrial de setembro, em relação ao mês de agosto.     

“A perspectiva de safra recorde de soja é a boa notícia em meio à queda na produção de grãos em algumas lavouras como algodão e milho, que foram afetadas pelas condições climáticas e de mercado. Outra boa notícia se trata da perspectiva de aumento na produção de frutas, o que nos deixa bastante satisfeitos. Mesmo que ainda tenha retração em algumas análises, os segmentos de comércio varejista e indústria apresentam sinais de recuperação. Nosso esforço é que voltem a ser pujantes”, avaliou o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento.       

As informações da safra foram apuradas pelo décimo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), relativo a outubro deste ano, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).   

“Os dados demonstram a força da agricultura da Bahia e também confirmam o viés de crescimento vivenciado pelo setor no estado. Nossa safra de grãos bate seguidos recordes e os números mostram que um novo patamar será alcançado em 2021. Na fruticultura, as variações também são positivas. Na agricultura é normal que uma ou outra cultura encontre dificuldades pontuais a cada ano e a Bahia não foge à regra. Mas, na grande maioria das culturas, temos aumentos consideráveis, mostrando o porquê de sermos o setor que representa 1/4 do PIB da Bahia, gerando 1/3 dos empregos no estado e 1/3 de nossas exportações”, comentou o secretário da Agricultura, João Carlos Oliveira. 

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Nelson Leal, enquanto a Bahia teve crescimento de 3,7% na produção industrial, comparando setembro frente a agosto de 2021, a média nacional recuou -0,4%. “Da mesma forma, o comércio varejista da Bahia teve um crescimento superior ao do país, crescemos 5,2% no acumulado do ano frente a 3,8% do nacional. Isso mostra a força da nossa economia e os sinais de que estamos retomando o crescimento sustentável de antes da pandemia”, afirmou. 

Safra 

Na produção de grãos, as áreas plantada e colhida ficaram ambas estimadas em 3,2 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 2,6% na comparação interanual. Dessa forma, a produtividade média estimada para a safra de grãos, no estado, foi de 3,25 t/ha, o que representa alta de 0,9% na mesma base de comparação. 

Os produtores de soja colheram 6,8 milhões de toneladas este ano, a maior da série histórica do levantamento, o que corresponde a uma alta de 12,6% em relação a 2020. A área plantada com a oleaginosa somou 1,7 milhão de hectares, que supera em 4,9% a de 2020, e o rendimento médio esperado da lavoura ficou em 4,0 t/ha. 

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estimou produção de 5,5 milhões de toneladas, alta de 7,3% em relação à safra anterior. A estimativa da produção do cacau foi acrescida, projetada em 130,1 mil toneladas, o que representa aumento de 10,3% na comparação com 2020. As estimativas para as lavouras de banana (878,5 mil toneladas), laranja (634,3 mil toneladas) e uva (61,2 mil toneladas) registraram, respectivamente, variações positivas de 3,4%, 0,2% e 35,1%, em relação à safra anterior. 

Indústria e Comércio 

Os dados do IBGE/SEI referentes a setembro revelaram ainda crescimento de 5,5% do comércio varejista baiano no acumulado do ano e aumento de 3,7% da produção industrial em relação ao mês de agosto. As informações foram produzidas pelas pesquisas Mensal do Comércio (PMC) e Industrial Mensal (PIM), realizadas pelo IBGE e sistematizadas pela SEI. 

Fonte: Ascom/ Seplan