As Unidades Regionais das Casas Abrigo da Mulher seguem sendo um dos principais instrumentos de acolhimento das mulheres vítimas de violência na Bahia. Os espaços da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) atendem vítimas em risco iminente de morte, acompanhadas dos seus filhos menores de 18 anos.

De janeiro até agora, nove mulheres e sete dependentes já foram acolhidos nos espaços mantido pelo Governo da Bahia em parceria com os municípios. Em 2021, 35 mulheres e 62 dependentes passaram pelas unidades regionais.

“As unidades têm sido um instrumento essencial na política de acolhimento das mulheres e de enfrentamento da violência de gênero. Nestes espaços as mulheres são acompanhadas por equipes multiprofissionais e contam com o suporte necessário para enfrentar o momento delicado e difícil que vivem”, pontua o secretário da SJDHDS, Carlos Martins.

Inauguradas em 2018, a Bahia conta com três unidades de atendimento, com 60 vagas no total, localizadas em três municípios de diferentes regiões: Feira de Santana, Itabuna e Juazeiro. De dezembro de 2018 até hoje, 266 vítimas de violência doméstica e sexual foram abrigadas nas Unidades Regionais das Casas Abrigo.

Em busca de acolhimento e proteção, as vítimas são encaminhadas pelos órgãos judiciais (Ministério Público, DEAM, CRAS e CREAS) para as Unidades Regionais das Casas Abrigo onde recebem apoio psicológico, jurídico, pedagógico e social para encontrar novos meios de sobrevivência e de combater a violência.

“Nas nossas unidades, as vítimas passam por uma equipe multidisciplinar formada por advogados, psicólogos, pedagogos e assistentes sociais que auxiliam no acolhimento. Nosso trabalho é acolher e dar suporte as vítimas para que elas possam sair do ciclo de violência”, explica a superintendente de Assistência Social da SJDHDS, Leísa Sousa.

O tempo máximo de permanência na unidade é de 180 dias, podendo ser prorrogado a partir da avaliação da equipe técnica, quando as questões jurídicas da mulher não forem resolvidas neste tempo.

Para analisar e regular o fluxo de encaminhamentos, o estado implantou uma Central Estadual de Acolhimento para as solicitações de abrigamento nas unidades regionais.