Festival PAMBA reflete a intensa produção musical dos últimos anos na Bahia
Foto: Lucas Rosario

Muitos dos artistas selecionados para a mostra musical do Festival Panorama da Música Baiana – PAMBA lançaram EPs, álbuns, videoclipes e até webséries através de iniciativas do Governo do Estado, como editais do Programa Aldir Blanc Bahia e Fazcultura. Entre eles, estão alguns artistas que se apresentaram na segunda noite do PAMBA, como a cantora Manuela Rodrigues com seu EP “Grito”, Joana Terra com o álbum “Feito Raio”, Giovani Cidreira com a Nebulosa Websérie, Yayá Massemba com a live-show “De Umbigo a Umbigo” e Africania com o álbum “O Curador do Museu do Imaginário”. A banda Toca Y Me Voy também fez parte da programação da noite de sexta-feira (3).

De acordo com o coordenador de Música da Funceb, Ricardo Rosa, “a produção musical segue bem criativa e intensa, e isso acabou reverberando na seleção desses artistas para o PAMBA”. O festival é uma realização da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), através do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).

No Largo Quincas Berro D’Água, se apresentaram Yayá Massemba, Manuela Rodrigues e Giovani Cidreira. Yayá Massemba começou a tocar às 20h, e apresentou o show “De umbigo a umbigo”, com 12 composições autorais que contam histórias de mulheres no samba e no axé, além de poesias e dança, além de releituras de mestras como Dona Aurinda, Dona Dalva e Dona Bete. No dia 25 de fevereiro deste ano, a banda já havia apresentado esse show em uma live no seu canal no Youtube, com apoio do Prêmio Cultura na Palma da Mão.

A cantora Manuela Rodrigues também teve apoio financeiro do Prêmio Cultura na Palma da Mão para produzir o seu EP Grito, lançado em abril. No show, ela apresentou canções do EP e outros sucessos que marcaram os seus 20 anos de carreira. Encerrando a noite no Largo Quincas Berro D’Água, Giovani Cidreira apresentou canções de seu primeiro álbum visual “Nebulosa Baby”, que contou também uma uma websérie dirigida pela cineasta baiana Safira Moreira, e lançada com apoio de edital do Programa Aldir Blanc Bahia.

Foto: Lucas Rosario

Para Ricardo Rosa, “a política vem se estabelecendo na Cultura de forma bem assertiva, alcançando os elos da cadeia produtiva, sendo a formação, sendo a produção e, principalmente, a difusão”. Além disso, ele destaca a importância dos álbuns enquanto memória, pois “os discos são obras atemporais, que ficam para a posteridade, e demonstram o que foi a trajetória do artista”.

Ainda na noite de ontem, no Largo Tereza Batista se apresentaram o grupo Africania, a cantora Joana Terra, e a banda Toco Y Me Voy. Africania lançou, em outubro de 2021, o álbum “O Curador do Museu do Imaginário” com o Selo Educadora FM Independente; Joana Terra lançou o seu segundo disco “Feito Raio”, produzido com apoio de edital do Programa Aldir Blanc Bahia; e a banda Toco Y Me Voy revisitou canções de sua carreira.

A programação musical do Festival PAMBA se encerra neste sábado (4), com shows de Laiô, Dona Iracema, Melly e Pedro Pondé, no Largo Quincas Berro D’Água; e de Coral, Ronei Jorge, Livia Nery e Roça Sound, Largo Tereza Batista.

O PAMBA – Panorama da Música da Bahia é um Festival que objetiva difundir as cenas contemporâneas da música do Estado, de forma gratuita para todos os públicos. O projeto está em consonância com o Plano Nacional de Cultura, instituído pela lei 12.343/2010, especialmente com os objetivos consignados em seu artigo 2º. A realização do PAMBA – Panorama da Música da Bahia atende especificamente às metas nº 10, 24, 25 e 28 do Plano Nacional de Cultura