Foto: Divulgação/Setre

Em homenagem ao mês da mulher, a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia, (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), promove o evento Mulheres no Esporte nesta sexta-feira (31), no auditório da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Com a presença de autoridades de estado, a exemplo do titular da Setre, Davidosn Magalhães, do diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, atletas e ex-atletas, gestoras esportivas e presidentes de federações esportivas, foram anunciadas, no ato de abertura, três novas ações para o público feminino que serão realizadas em 2023.

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A primeira ação a ser anunciada foi a promoção da 2ª edição da Copa Loreta Valadares, que será disputada nos meses de outubro e novembro deste ano, no Estádio de Pituaçu. Com 20 equipes femininas, nas categorias sub-17 e adulto, os municípios de Camaçari, Dias D´Ávila, Lauro de Freitas e Salvador estarão representados. Para dar a notícia, Vicente Neto convidou a treinadora da Seleção Brasileira Feminina de Fut7, Dilma Mendes, eleita, recentemente, a melhor treinadora de futebol 7 do mundo em 2022.

“Estou muito feliz em poder lançar, junto com a Sudesb, a segunda edição da Copa Loreta Valadares em um momento como este de celebração das mulheres no esporte, em que nos sentimos acolhidas e visíveis, atingindo um grande público que não tem essa oportunidade de estrutura que a Sudesb e o Estádio de Pituaçu fornecem. Esse processo e trabalho coletivo são o que o futebol feminino da Bahia merece”, comemorou Dilma.

O segundo anúncio foi sobre a abertura das inscrições, nos próximos dias, para as vagas dos núcleos do projeto Dragon Boat, que irá atender, prioritariamente, mulheres em tratamento ou curadas do câncer de mama. O projeto funcionará com núcleos nas cidades de Paulo Afonso, São Félix, Maraú e em Salvador, com 132 vagas cada, totalizando 528 mulheres a ser atendidas.

Outra ação apresentada pelo diretor da autarquia do esporte foi a disponibilização de 50 vagas, em Feira de Santana, e 100 vagas, em São Gonçalo dos Campos, para crianças e jovens de 6 a 17 anos praticarem futebol e futsal para público misto no projeto Oportunidade Através do Esporte. A iniciativa é da organização De Peito Aberto (DPA), numa parceria com a Secretaria de Educação (SEC), a Setre e a Sudesb.

“Vale destacar que projeto similar, mas que atende somente meninas com iniciação em futebol e que funciona no Estádio de Pituaçu, venceu o Prêmio de Serviço Público da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2021”, destacou Vicente Neto, numa referência ao projeto Esporte na Cidade, também executado pela organização DPA em parceria com a Sudesb.

Mercado de trabalho

A professora do Esporte na Cidade, Paloma Nunes, fala da importância do projeto para as meninas de Salvador. “São mais de 150 meninas que, em sua maioria, são de comunidades, negras e matriculadas em escolas públicas. Algumas delas já saíram para treinar fora do Brasil e outras podem, no futuro, inserir-se no mercado de trabalho do esporte. Na minha época de atleta, não percebia momentos como este de discutir a posição das mulheres no esporte e na gestão esportiva”, comenta.

A Roda de Conversa seguiu com a fala de Nayara Falcão, ex-atleta campeã mundial da paracanoagem e coordenadora do Núcleo de Paradesporto da Sudesb. Ela destacou a importância da inclusão dos atletas do paradesporto, chamando atenção que é preciso garantir acessibilidade, mas também combater permanentemente o capacitismo, que é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. “Também tenho defendido que toda e qualquer política e ação voltadas para o público PCD precisam ser adotadas ouvindo e discutindo o assunto com as pessoas com deficiência. Somente elas têm autoridade para falar das suas necessidades”, enfatizou Nayara.

Também participaram da Roda de Conversa, Adriana Araújo, ex-boxeadora medalhista olímpica e multicampeã da modalidade; Daniela dos Santos, professora do núcleo de Mata Escura do projeto do Governo do Estado Esporte por Toda Parte; Marleide Nogueira, vice-presidente da Associação Mães Autismo; e Renata Barros, presidente da Federação Baiana de Arco e Flecha.

Todas elas apresentaram suas vivências e dificuldades no meio esportivo ao mesmo tempo em que viam nele um local de inclusão e incentivo. A Sudesb foi elogiada por ter este papel indutor na busca para reverter a situação das mulheres em ambientes anteriormente considerados masculinos. Apesar de ser unânime entre as participantes que o esporte dá oportunidades e contribui para que as mulheres ocupem espaços e tenham destaque, houve crítica em relação à grande discrepância salarial entre atletas homens, melhores remunerados, e atletas mulheres.

No período da tarde, o evento completa sua programação com o tema “Esporte e suas Transversalidades”, tendo as presenças da jornalista esportiva Ayana Simões; da deputada federal Alice Portugal; da gestora esportiva e assessora técnica da Sudesb, Susi Dócio; da assessora técnica da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Víviam Caroline; da técnica da Setre no assessoramento da Agenda Bahia do Trabalho Decente, Nethe Dasmaceno; da advogada e membro da Comissão Especial de Direito Desportivo da Ordem dos Advogados (OAB) da Bahia, Juliana Camões; da representante da procuradoria interna da Sudesb, Ana Paula Ribeiro, e da defensora pública Andrea Tourinho.

Fonte: Ascom/Sudesb