Foto: Divulgação/Funceb

A Sala de Cinema Walter da Silveira, gerida pela Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Dimas/Funceb), receberá entre os dias 13 e 23 de abril a Mostra Ecofalante de Cinema. A mostra reúne filmes premiados internacionalmente, títulos assinados por prestigiados cineastas brasileiros, longas-metragens inéditos no país, obras da “mãe do cinema africano” Sarah Maldoror, debates com ativistas, cineastas e especialistas.

Considerado um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais, a Mostra Ecofalante de Cinema chega na Bahia trazendo filmes inéditos e destaques da edição 2022 do festival.

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Debates

Três debates trazem discussões urgentes que concernem sociedades do mundo todo e particularmente o Brasil: transição energética e crise climática; a desigualdade social e o racismo ambiental dela decorrente – algo que a intensificação dos fenômenos climáticos evidencia cada vez mais; e a questão do direito à terra dos povos tradicionais. Os três eventos acontecem na sala Walter da Silveira e têm como mediador o educador e ambientalista Eduardo Mattedi.

Em 18/04, terça-feira, às 20h00, acontece o debate “O Futuro da Energia”. Eliminar nossa dependência dos combustíveis fósseis e efetuar a passagem para as energias renováveis são ações urgentes, mas essa constatação não dá conta da complexidade das questões que envolvem o tema. Há muitos outros aspectos sociais e econômicos a serem levados em conta. Esses e outros desafios serão discutidos nesse debate. Participam do evento Renan Andrade, ativista e coordenador de planejamento estratégico da 350.org Brasil; Guiomar Germani, Doutora em Geografia, pesquisadora do CNPq e líder do Grupo de Pesquisa GeografAR e Fernando Pessoa, Doutor em Engenharia Química, professor titular do Cimatec. O debate acontecerá imediatamente após a exibição do filme inédito A Máquina do Petróleo, às 18h30.

“Racismo Ambiental” é o tema do debate agendado para 19/04, quarta-feira, às 20h00. A intensificação dos fenômenos climáticos extremos tornou mais evidente a desigual repartição dos ônus e bônus do chamado desenvolvimento econômico e mostrou que a vulnerabilidade tem viés racial. Nesse debate será discutido como essas questões estão amparadas pelo conceito de Racismo Ambiental. Participam do encontro Julio Rocha, Diretor da Faculdade de Direito da UFBA, Marta Rodrigues Vereadora da Câmara Municipal de Salvador e especialista em Direitos Humanos, e Agnaldo Pataxó Hã-hã-hãe, do MUPOIBA (Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia). O filme exibido logo antes do debate será o inédito Filhos do Katrina, às 18h30.

Na quinta-feira, 20/04, às 20h00, acontece o debate “Direito à Mãe Terra”. O reconhecimento do acesso à terra como um direito, seja por meio da demarcação das terras dos povos originários ou do assentamento de reforma agrária, encontra oposição constante nos modelos de desenvolvimento adotados no país. Pode a lógica do agronegócio e da exploração de recursos passar por cima de garantias constitucionais? Integram a mesa Mãe Donana e Rose Meire, do Quilombo Quingoma Kingoma e Rio dos Macacos, respectivamente; o ativista e ambientalista Cacique Juvenal Payayá, e Marcelino Galo, engenheiro agrônomo, superintendente da ALBA. O debate acontecerá logo após a exibição do filme brasileiro A Mãe de brasileiro A Mãe de Todas as Lutas – que será exibido junto com os curtas Mensageiras da Amazônia e Autodemarcação Já!, às 18h00.

Acesse a programação completa no site da mostra.

Fonte: Ascom/Funceb