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O Dia do Apicultor na Bahia é de reconhecimento das conquistas alcançadas na apicultura e meliponicultura, impulsionadas por investimentos da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvovimento Rural (SDR), que chegam a cerca de R$ 80 milhões. Esses recursos transformaram a realidade das famílias agrícolas em diversas regiões do estado, proporcionando uma fonte de renda e impulsionando o desenvolvimento da atividade.

A Bahia é o quarto maior produtor de mel do país, a atividade desempenha um papel crucial na economia, meio ambiente e segurança alimentar. Além de fornecer um delicioso produto natural, o mel, as abelhas também são fundamentais para a polinização das plantas, garantidas para a reprodução de culturas agrícolas e preservação da biodiversidade.

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Os investimentos da CAR têm permitido a capacitação dos apicultores, a aquisição de equipamentos modernos, a construção de agroindústrias e a implementação de boas práticas de manejo, visando o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade do mel e o acesso ao mercado.

O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, destaca que a Bahia vem evoluindo a cada ano a produção de mel aqui no estado. “Nosso crescimento é consequência clara de uma política pública voltada pra quem produz mel, que é a agricultura familiar. Foram várias ações voltadas para isso. Próximo passo com certeza é consolidar a estratégia de exportação de mel”. 

Agricultores familiares como Davi Santos, presidente da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES), localizada no município de Capim Grosso, estão sendo atraídos pelo potencial apícola. “A apicultura representa uma oportunidade, para muitos, de melhorar a vida. Muita gente via uma atividade como renda complementar, mas hoje, trabalhando com apicultura, você consegue ter uma independência financeira. O investimento é baixo e o retorno grande”.

A Coopes recebeu investimentos de R$ 969 milhões para fortalecer o sistema produtivo da apicultura e meliponicultura, por meio do projeto Bahia Produtiva. Esses recursos foram direcionados para a implantação de uma Unidade de Beneficiamento de Mel, aquisição de máquinas e equipamentos, identificação visual dos produtos, além da prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER).

O resultado é contabilizado no aumento da produção de todos os apicultores ligados à Coopes. “O mel que a gente produz chegava a uma média de oito toneladas por ano. Hoje, chega a 26 toneladas e não estamos na capacidade total das nossas colmeias. Daqui a dois anos vamos chegar a 50 toneladas de mel”. O mel produzido nos apiários dos apicultores da Coopes leva a marca: Mel de Abelha Apis.

Resiliência ecônomica

Além disso, os investimentos da CAR na apicultura iniciaram para a diversificação das atividades no campo, estimulando culturas tradicionais e proporcionando maior resiliência econômica para os agricultores. Também promovem a preservação do meio ambiente, ao incentivar a manutenção de áreas naturais e o uso sustentável dos recursos.

Um exemplo concreto é a comunidade Quilombola de Fumaça, em Pindobaçu, que recebeu recursos do projeto Pró-Semiárido para reforma da casa de mel e kits de apicultura com equipamentos de proteção e caixas de mel. Essa iniciativa tem revolucionado a vida da comunidade, gerando renda e transformando os moradores em verdadeiros apicultores.

A presidente da Associação de Apicultores de Pindobaçu, Raimunda Borges, conta que foi uma grande revolução para a comunidade. “Não tínhamos renda, mas tínhamos o potencial de produção. Agora temos o nosso trabalho. Somos apicultores”. 

Por toda a Bahia, as organizações produtivas que trabalham com a atividade vêm se destacando. A Cooperativa dos Apicultores de Ribeira do Pombal (COOARP), movimentou a economia do território Semiárido Nordeste II. Com marca própria, a ‘Melira’, a Cooarp é responsável pela exportação de cerca de 500 toneladas de mel para países como os Estados Unidos

Já a Cooperativa de Apicultores de Canavieiras (Coaper) recebeu apoio para requalificação agroindústria e, hoje, comercializa mel e própolis. Tem ainda a Cooperativa Agropecuária dos Agricultores e Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), que com o investimento na construção do entreposto dos produtos das abelhas, vai atender apicultores do Território Velho para absorver e comercializar suas produções.

Os projetos Bahia Produtiva e Pró-Semiárido são executados pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial e do Fida, respectivamente. 

Fonte: Ascom/CAR