Foto: Divulgação

Um dos compromissos do Programa Bahia sem Fome é garantir uma alimentação de qualidade às populações em situação de vulnerabilidade social. Para isso, o programa conta com o apoio do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, entidade sem fins lucrativos que presta assessoria a entidades e a movimentos sociais, geralmente ligados a povos e comunidades tradicionais do campo e a agricultores familiares no Semiárido brasileiro.

Membro conselheiro do Consea (Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional), o instituto identificou que um grande aspecto da desnutrição é a obesidade, causada principalmente pelo consumo de produtos alimentícios ultraprocessados.

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“A propaganda e a informação nutricional desreguladas levam as pessoas ao erro na dieta alimentar, dando preferência a produtos alimentícios ultraprocessados, de baixo valor nutricional e alto potencial de causar doenças crônicas não transmissíveis, as DCNT”, avalia José Moacir, presidente do IRPAA, que é pedagogo e extensionista rural (profissional que auxilia os produtores do campo a aprender as novas tecnologias).

Segundo ele, o instituto está empenhado em mobilizar os formadores de opinião, universidades, meios de comunicação, para travar um combate à propaganda que induz ao consumo de ultraprocessados, em detrimento do consumo de alimento saudável.

“A desinformação nos rótulos dos produtos ultraprocessados leva as pessoas ao erro no momento de escolher o seu alimento. Por isto estamos sugerindo que sejam criadas peças publicitárias sobre alimentação saudável, bem como uma divulgação intensa sobre os perigos dos alimentos ultraprocessados”, diz ainda Moacir.

Uma das sugestões do IRPAA é incluir nos currículos do ensino fundamental uma disciplina teórico-prática sobre alimentação saudável. “Alimentos ultraprocessados não são alimentos de verdade, mas sim formulações de substâncias alimentares frequentemente modificadas por processos químicos. Parecem atraentes, são hiper-palatáveis, sempre prontos para o consumo, usando saborizantes, corantes, emulsificantes e uma série de outros aditivos cosméticos. A maioria é feita e promovida por transnacionais e outras corporações gigantes. É um importante que esse tipo de alimento não entre nunca entre os itens de doações para o programa Bahia sem Fome”.

Fonte: Ascom/Bahia Sem Fome