Foto: Antonio Queirós/GOVBA

Quem passar pela Praça da Piedade, no Centro de Salvador, vai encontrar uma amostra do que a agricultura familiar na Bahia é capaz de fazer. A Sétima Feira Estadual da Reforma Agrária reúne 140 barracas e mobilizou cerca de 500 produtores e expositores, que trouxeram para a capital 60 toneladas de alimentos livres de agrotóxicos e beneficiados por cooperativas ligadas à Reforma Agrária produzidos por dez regionais do Movimento Sem Terra (MST).

O evento é aberto ao público e acontece até sábado (17). Além de frutas e verduras, quem visita o espaço encontra café, chocolate, cocadas, mel de cacau, compotas de doces, pimenta, produtos juninos, comida regional, entre outros.

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Nesta sexta-feira (16), o governador Jerônimo Rodrigues, o vice-governador Geraldo Júnior, o coordenador do programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, e diversos secretários prestigiaram o evento.

De acordo com Tiago Pereira, a presença do governador em um evento organizado pelo MST tem um significado muito forte, sobretudo nesse momento de construção dessa grande estratégia para o enfrentamento da insegurança alimentar, que é o Bahia Sem Fome.

Tiago relembra que Jerônimo tem afirmado que para enfrentar a fome é necessária uma relação forte com a agroecologia, tanto que o seu primeiro projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa institui a política de agroecologia e de agricultura orgânica.

“Aqui a gente vê na prática a pujança da agricultura familiar, da agroecologia e do quanto isso pode ajudar no enfrentamento da fome”, afirma o coordenador do BSF.

Expositores

Da cidade de Ipiaú, a pequena produtora Marli da Silva Santos esteve presente nas seis primeiras edições da Feira. Ela destacou que o evento tem ganhado força a cada ano. “É um momento maravilhoso onde a gente se sente valorizado e tem a oportunidade de fazer bons negócios”, disse.

Já Fábio Júnior, de Jeremoabo, afirma que, além das vendas, a divulgação dos produtos é outro ponto alto do evento. “As pessoas vêm aqui, conhecem nossos produtos sem agrotóxico e passam a consumir”, explicou.

Em um dos estandes mais movimentados, Gelson Santana divulga e comercializa o café da região do Prado. Ele conta que o produto é resultado de um blend de conilon e arábica de assentamentos do Prado e Barra Choça, processado pela Cooperativa Regional do Extremo Sul da Bahia. “É um movimento maravilhoso esse aqui. Um espaço muito bom de apresentação e diálogo que se abre na capital”, disse.

Da cidade de Wenceslau Guimarães, Daelson Rosário de Oliveira trouxe derivados de cacau de diversos assentamentos do Baixo Sul. Do fruto in natura ao licor, passando por chocolate amargo, geleias e nibs. “Essa Feira é uma maravilha. É um evento que a gente espera bastante para fazer”, destacou. 

Programação

Além da exposição e comercialização de produtos, a Feira tem na sua programação mesas redondas para debater temas como saúde, cultura, democracia, participação da juventude na política, dentre outros.

Fonte: Ascom/Bahia Sem Fome