Pró-Semiárido é boa prática apresentada no Workshop ‘A Atuação do Fida no Brasil’
Foto: Divulgação/CAR

A análise dos resultados e impactos do Pró-Semiárido e a boa prática do Projeto com ações de transição agroecológica foram pautas do workshop com o tema ‘A Atuação do Fida no Brasil’ realizado nesta quinta-feira (3), durante a programação do Semiárido Show, em Petrolina (PE).

A atividade realizada pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) possibilitou a reflexão sobre como as ações de projetos como o Pró-Semiárido reduzem a pobreza. As avaliações feitas não se baseiam apenas na renda, mas também a partir de ações e resultados gerados para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

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Os dados apresentaram que, no geral, há uma boa avaliação acerca do impacto social do Pró-Semiárido e do trabalho realizado junto a organizações econômicas beneficiadas, bem como a redução da insegurança alimentar grave e moderada das famílias atendidas.

Houve destaque ainda para as iniciativas de apoio à piscicultura e metas ambientais associadas ao Recaatingamento. “Na prática, tiramos a ideia de combate, para a internalização da convivência com o Semiárido. E nada melhor do que a agroecologia que é a ciência do lugar que trabalha a partir das demandas das famílias para ajudar no desenvolvimento e combate à fome”, ressaltou o subcoordenador do componente produtivo do Projeto, Carlos Henrique Ramos.

O evento foi dividido em três momentos: no primeiro, o pesquisador Marcelo Braga, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), apresentou os resultados e impactos dos Projetos Fida no Brasil, com ênfase nos Projetos Pró-Semiárido (BA), Viva o Semiárido (PI) e Paulo Freire (CE). No segundo momento, a pesquisadora Cristiana Tristão, também da UFV, apresentou as lições e boas práticas de Segurança Alimentar e Nutricional dos Projetos e no terceiro momento, Carlos Henrique Ramos expôs o modelo de agroecologia adotado pelo Projeto Pró-Semiárido.

Em sua apresentação, Carlos salientou que os bons resultados do Projeto estão alicerçados na aposta feita, por exemplo, em ações voltadas para garantir segurança alimentar e nutricional, justiça ambiental, reconhecimento da cultura e do saber local, experimentação, comunicação, convivência com o Semiárido e outros. Como também a implantação dos Núcleos de Estudos em Agroecologia e Convivência com o Semiárido (Neacs) – ação de formação continuada das equipes e famílias agricultoras, baseada na metodologia de Paulo Freire.

O evento contou com a presença de Tiago Pereira, coordenador do Programa do Governo do Estado Bahia Sem Fome. Em sua intervenção, ele destacou: “o Pró-Semiárido tem feito um trabalho extraordinário. A partir de uma análise empírica, do que a gente tem visto na realidade concreta das famílias é possível ver um salto a partir da intervenção do Estado e do Fida e o impacto nos 32 municípios em que o Projeto atua”.

No workshop estavam presentes agricultores (as), pesquisadores (as), a equipe técnica do Projeto e uma comitiva com cinco representantes do Instituto de Desenvolvimento Agrícola (IDA), instituição ligada ao Ministério da Agricultura do Governo de Angola.

Fonte: Ascom/CAR