Foto: Fernanda Souza

Um plano bem estruturado e discutido com a sociedade, que prevê transferência de renda, produção de alimentos saudáveis e um conjunto de 80 ações e políticas públicas para alcançar cerca de 100 metas traçadas. Assim é o Plano Brasil Sem Fome, lançado nesta quinta-feira (31), em Teresina (Piauí), e que, nas palavras do governador Jerônimo Rodrigues, “está alinhadíssimo com o Programa Bahia Sem Fome”, lançado no início deste ano na Bahia.

Para o coordenador do Programa Bahia Sem Fome (BSF), Tiago Pereira, o Brasil Sem Fome abre um novo horizonte de perspectivas para o programa estadual. “Dentro da estratégia federativa, haverá um alinhamento com o nosso programa já a partir deste mês de setembro, com um novo conjunto de ações que serão inseridas no âmbito do enfrentamento à fome no estado da Bahia”, avalia Tiago, explicando que a Bahia vai caminhar em sintonia com a Secretaria Extraordinária de Combate à Fome, ligada ao Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

A coordenação do BSF, segundo o coordenador, não vai perder de vista o olhar transversal e intersetorial do Programa, dialogando com a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar, com a Secretaria Nacional de Assistência Social, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério das Cidades e com a Casa Civil. “Na Casa Civil, temos também a convicção de que, além de todo o conjunto de ações previsto pelo Brasil Sem Fome, o Programa de Aceleração do Crescimento vai gerar emprego e renda para a população. Portanto, não vamos perder de vista as estratégias do plano nacional, garantindo a sinergia com o nosso programa estadual”.

Eixos

O conjunto de ações e programas visa tirar o país do Mapa da Fome, reduzindo as taxas de pobreza e de insegurança alimentar e nutricional, o Plano Brasil Sem Fome foi aprovado pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), que reúne 24 ministérios. É composto de três eixos centrais: o primeiro reúne ações de garantia de acesso à renda, e também de promoção de cidadania, acesso à política pública de proteção social. O segundo reúne ações que vão desde a produção até o consumo de alimentos adequados e saudáveis. E o terceiro eixo é de mobilização dos outros poderes, dos outros entes federativos e da sociedade civil, para que se possa efetivamente combater a fome no país.

Entre as ações já em curso, estão o reajuste do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o novo Bolsa Família, a valorização do salário mínimo, a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Plano Safra da Agricultura Familiar, entre outras. Está prevista a realização de caravanas do programa em locais com o maior número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Esse diagnóstico será viabilizado com a produção de informações estatísticas, que serão incluídas de forma regular na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Fonte: Ascom/BSF