Benefícios do licuri são valorizados durante III Simpósio da Cadeia Produtiva do Licuri
Foto: Divulgação

Proteção solar e combate à acne, além de propriedades cicatrizantes para feridas na pele e que contribuem para a prevenção de gastrite e tratamento de úlceras. Esses são alguns dos benefícios do licuri abordados durante o III Simpósio da Cadeia Produtiva do Licuri realizado nesta terça-feira (19), no Senai Cimatec, em Salvador.

A iniciativa do projeto: “Cadeia Produtiva do Licuri MCTI: Inovação Sustentável para Bioeconomia da Caatinga”, que faz parte do Programa Cadeias Produtivas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), liderado pelo Núcleo de Bioprospecção da Caatinga do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de Pernambuco (NBIOCAAT/UFPE), em parceria com a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), que participa com a entrega de licuri para os estudos científicos do projeto.

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O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Jeandro Ribeiro, ressaltou a união entre os governos do Estado e Federal e universidades públicas para a transformação de vida no rural baiano por meio do licuri. “É uma parceria para melhorar cada vez mais as políticas públicas para beneficiar as famílias extrativistas do licuri. A nossa expectativa é avançar e transformar a vida de cada vez mais agricultores e agricultoras do rural baiano, que atuam neste sistema produtivo tão característico do Semiárido”.

A pesquisadora do NBIOCAAT/UFPE, Márcia Vanusa, foi a pioneira neste processo de investigação do licuri e trouxe, com satisfação, os resultados obtidos por meio dos estudos. “As mulheres quebradeiras de licuri já sabiam das propriedades alimentares, mas também farmacológicas. Então, a partir desse conhecimento tradicional, nós testamos esse potencial cicatrizante e validamos esse conhecimento”, analisou.

Dentro da programação do Simpósio e a partir dessas novidades, foram debatidas estratégias para transformar esse conhecimento tradicional em produtos para a indústria farmacêutica. Nesse sentido, o coordenador de Relações Institucionais da Coopes, Valdivino Araújo, comemorou os resultados do Simpósio. “Essa pesquisa está servindo de base para que as nossas extrativistas de licuri possam alcançar um outro patamar econômico, já que além do mercado alimentício, vamos chegar agora à indústria farmacêutica e à indústria de cosméticos”, informou.

Participaram do evento o secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Osni Cardoso, a coordenadora do projeto, Teresa Correia, a vice-reitora da Universidade Federal do São Francisco (Univasf), Lúcia Marisa, o diretor adjunto de Inovação e Tecnologia do Senai Cimatec, Luís Alberto Mascarenhas, o coordenador de Bioeconomia do MCTI, Bruno Nunes, entre outras autoridades.

O projeto “Cadeia Produtiva do Licuri MCTI: Inovação Sustentável para Bioeconomia da Caatinga” tem a parceria ainda do Laboratório Nacional de Biociências do MCTI (LNBIO/CNPEM), da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Projeto Bem Diverso da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Fonte: Ascom/CAR