Geopublica 2023 se consolida como evento nacional de geoinformação
Foto: Valdízio Santos/ Prodeb

Nestas quarta e quinta-feira (20 e 21), o Geopublica 2023 reúne em Salvador nomes do cenário nacional no campo da geoinformação, consolidando o papel pioneiro da Bahia na área. A abertura do encontro de produtores e usuários de geoinformação do estado, na manhã de quarta, reuniu quase 300 pessoas, entre gestores e pesquisadores da Bahia e visitantes de outros estados, que trocaram experiências e soluções em geotecnologia e discutiram as transformações ocorridas na área nos anos recentes. Nesta quinta (21), o evento, que é promovido pela Comissão Estadual de Cartografia e Geoinformação (Cecar), sob coordenação da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), teve sequência com o minicurso “Geodésia básica e aplicações”.

Durante a abertura do Geopublica, no auditório da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), o diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira, afirmou que “o Geopublica se consolida como um evento nacional de grande interesse técnico e científico, além da importância para a gestão pública. Este ambiente reforça as recentes evoluções da SEI, passando a ser o primeiro instituto de ciência, tecnologia e inovação do Estado da Bahia. Isso significa um passo para a inovação no Estado, viabiliza a prospecção de recursos e permite a criação de novos projetos”.

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O diretor aproveitou para anunciar a etapa vencida pelo órgão junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação, em que a SEI foi habilitada para um edital em torno de R$ 25 milhões para aprimoramento do seu laboratório CIGData – Centro de Inteligência Geográfica e Ciência de Dados da SEI, que tem a missão de impulsionar a inovação nas esferas geoespacial e de dados complexos, desenvolvendo pesquisas e novos produtos e serviços para a tomada de decisão.

O pioneirismo da Bahia na geoinformação ficou marcado nas falas dos palestrantes de excelência reunidos no evento. “Há vários anos, este é um evento fixo na agenda nacional da geoinformação, e a Bahia é um estado que se mostra sempre à frente, desde a criação da IDE Bahia (Infraestrutura de Dados Espaciais do Estado da Bahia)”, comentou o geógrafo Abimael Cereda (SP), professor e doutor em Engenharia Urbana, Especialista em Geoprocessamento, que ministrou a palestra “Cidades resilientes, cidades com infraestrutura – de dados!”.

Cidades resilientes está sendo o mote do evento. Entre os palestrantes do primeiro dia, Rodrigo Corradi (SP), secretário do ICLEI América do Sul, entidade internacional de subgovernos para a sustentabilidade, situou os impactos positivos da tecnologia nas cidades para enfrentar as mudanças do clima. “Não podemos nos dar ao luxo de não implantar soluções nesse sentido. Sem investimentos, perderemos a capacidade de viver em ambientes coletivos”, disse.

Luciana Londe (SP), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), além de apresentar o trabalho do Cemaden na prevenção a desastres, pontuou a questão social. “Se a gente diminui a pobreza, reduzimos o número de pessoas afetadas pelas catástrofes. E não basta toda a tecnologia que apresentamos aqui. Há soluções simples e de grandes efeitos. É preciso reconhecer o papel e o espaço da natureza, respeitar esses movimentos e atuar a favor. Não basta também ter estudos científicos se não houver investimento para implementar as soluções que já existem”.

Durante o evento, dois pioneiros da geoinformação no estado, Fernando Cabussu e Cristina Xavier (representada por Angela Acioli), da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), foram homenageados pelas contribuições prestadas ao desenvolvimento da rede de geoinformação no estado.

Fonte: Ascom/SEI