Foto: Rafael Martins/GOVBA

O projeto Mais Infância, formação complementar para professores e educadores de creches comunitárias da Bahia, recebeu neste sábado (21), no auditório da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), em Salvador, o espetáculo Brincância Poética, com os artistas do Canastra Real, além de contação de história e lançamento do livro infantil O Pequeno Príncipe das Águas e a Terrível Baleia Branca, do escritor e jornalista Ricardo Ishmael. A manhã foi dedicada à instrumentalização dos professores da primeira infância na narrativa da contação de histórias na educação infantil. 

O educador e coordenador do Mais Infância, Manoel Calazans, compartilhou que a metodologia do Mais Infância de outubro envolve a apresentação de ferramentas para que os 700 professores presentes atuem como contadores de histórias, com, por exemplo, o uso de material crítico para as instituições apoiadas. “Nossa tarefa é instrumentalizar os professores em relação à contação de história, em relação à escuta do estudante, a essa percepção do quanto é importante a gente cuidar da primeira infância. Então, temos lançamento de um livro infantil, porque o livro infantil incentiva a criança no mundo da leitura, e é um instrumento de trabalho do professor também. Mas uma formação para os professores de forma muito lúdica, trazendo a ciranda, a literatura, a música. É um trabalho que fortalece a prática do professor e os espaços de creche comunitária da Bahia”, detalhou. 

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Foto: Rafael Martins/GOVBA

A primeira-dama e presidente da Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), Tatiana Velloso, ressaltou que as creches são espaços fundamentais para o direito à infância e apoio às famílias das comunidades: “a educação infantil é direito e as creches comunitárias são fundamentais, garantindo o direito para as crianças, mas, especialmente, para as mulheres e para as famílias e para sua comunidade — direito de brincar, direito de estudar. Educar a partir de geração de conhecimento para a  adolescência, pra a juventude e, também, para a vida adulta”. 

Os gestores Conceição Macêdo e o padre Alfredo, da Creche Instituição Beneficente Conceição Macedo (IBCM), localizada em Nazaré, em Salvador, apresentaram para os educadores o trabalho que realizam com crianças que vivem com HIV há 34 anos. Atualmente, são 87 crianças atendidas pela instituição, além de famílias retiradas da rua, que recebem apoio com casas de acolhimento e cestas básicas semanais. No espaço, as crianças também têm consultas periódicas com pediatras, vacinação e acompanhamento do tratamento do vírus. 

Foto: Rafael Martins/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues, acompanhando do vice-governador Geraldo Júnior, assistiu a apresentação e frisou a necessidade do estado seguir fortalecendo a educação infantil para que o projeto permanente para a educação, elaborado pelo governo estadual, seja realmente efetivo. “A Bahia está acompanhando as nossas entregas de um padrão de escolas de ensino integral e somos parceiros na rede municipal do estado para garantir, também, que tenham qualidade no ensino fundamental 1, fundamental 2. Precisamos trabalhar a infância, das creches, para não esvaziar aquilo que estamos fazendo como um projeto definitivo para a educação. Por isso, é fundamental, enquanto direito da infância, da criança e do adolescente, dos pais, das mães que precisam trabalhar e ter um ambiente seguro e educativo, o fortalecimento da política de creches, de educação infantil, para que todas as crianças possam ter direito a uma creche de qualidade”, pontuou. 

Material formativo

Entre as atividades, os educadores também participaram do lançamento da cartilha Risque e Rabisque, da Superintendência de Prevenção da Violência da Segurança Pública da Bahia. Assim como o livro O Pequeno Príncipe das Águas e a Terrível Baleia Branca, a cartilha foi entregue às creches como material auxiliar na formação lúdica dos estudantes. 

Mais Infância

O projeto envolve um conjunto de ações voltadas para as creches comunitárias, com formação pedagógica dos professores e dos responsáveis pelas creches de Salvador, Simões Filho, Chapada Diamantina e outras cidades da Bahia. Trata-se de uma iniciativa coordenada pelas Voluntárias Sociais da Bahia.

Repórter: Milena Fahel/GOVBA