Governos federal e estadual e CocoaAction Brasil investem em ações para promover a produção de cacau
Foto: Divulgação

A Bahia, um dos principais polos produtores de cacau do Brasil, reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a excelência na produção de cacau especial para manter-se competitivo no mercado internacional. Em uma série de eventos realizados nesta sexta-feira (24) em Ilhéus, no sul do estado, o secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum, participou do lançamento de iniciativas inovadoras para o fortalecimento do setor produtivo. O destaque ficou por conta do lançamento do Plano Inova Cacau 2030, uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da CocoaAction Brasil, iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF), que converge com a elaboração do Plano de Desenvolvimento Agropecuário da Bahia, conduzido pela SEAGRI.

O Plano Inova Cacau 2030 traça metas estratégicas que visam não apenas aumentar a eficiência produtiva da cacauicultura brasileira, mas também aumentar a renda dos produtores. Com a ambição de superar a marca de 400 mil toneladas de amêndoas ao ano até 2030, o plano prioriza a promoção do uso sustentável dos recursos naturais nas regiões produtoras, utilizando tecnologias eficientes e de baixo impacto ambiental.

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O secretário estadual da agricultura, Wallison Tum, enfatizou a importância dos projetos para o setor: “Estamos comprometidos em contribuir para a produção de cacau de forma sustentável e inovadora, garantindo a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico. Os planos lançados aqui hoje representam passos significativos para o futuro da agricultura na Bahia”.

Fruto de uma construção coletiva, que durou mais de um ano e contou com diversos workshops unindo esferas públicas, privadas e terceiro setor, o plano está dividido em duas fases: 1) Plano Estratégico (lançamento atual) e 2) Plano Tático-Operacional, que será estruturado a partir do início de 2024. Trata-se de um plano do setor, que passará por um processo contínuo de revisão e melhoria e será implementado de maneira participativa e colaborativa pelos diversos elos da cadeia.

A Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia, além de ser a principal articuladora desses planos, desempenha um papel fundamental na construção do Inova Cacau 2030. A iniciativa visa consolidar a Bahia como referência na produção de cacau sustentável e de alta qualidade.

São quatro os eixos do plano: 1) Econômico-Produtivo; 2) Social; 3) Ambiental e 4) Governança. Cada um dos eixos possui objetivos e metas estratégicas norteadoras, como por exemplo: Aumentar a eficiência produtiva da cacauicultura brasileira e a renda dos produtores para superar a produção de 400 mil toneladas de cacau ao ano, em 2030. “Melhorar a eficiência das unidades produtivas visando ganhos de produtividade e qualidade das amêndoas, através do aumento da oferta de assistência técnica e acesso a crédito, são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da cadeia. Esses são exemplos de algumas das ações prioritárias que constam no plano”, diz Lucimara Chiari, diretora da Ceplac.

Dados – Os números positivos do cacau na Bahia refletem o sucesso das iniciativas do estado. Em 2022, a produção atingiu 139,6 mil toneladas, representando 67,86% do total nacional. O setor gerou aproximadamente R$ 1,8 bilhão, correspondendo a 5% do Valor Bruto da Produção (VBP) das atividades da Bahia.

A Bahia conta com cerca de 69 mil estabelecimentos produtores de cacau, sendo aproximadamente 74% de propriedades da agricultura familiar. A área plantada de cacau no estado é de aproximadamente 439 mil hectares, com cerca de 60% cultivados por meio do sistema cabruca, um modelo agroflorestal que integra a produção de cacau com a preservação da floresta.

Além do Inova Cacau 2030, no evento, também foram lançados os Planos Floresta + Sustentável e o Projeto Rural + Conectado/Bahia. O Floresta + Sustentável e o Projeto Rural + Conectado/Bahia têm como objetivo, respectivamente, impulsionar o desenvolvimento do setor de florestas plantadas no Brasil e expandir a infraestrutura de conectividade em áreas rurais do estado.

Fonte: Ascom/Seagri