Foto: Raimundo Laranjeira

A noite desta terça-feira (13), no Pelourinho, foi plural e animada. Embora oficialmente fosse o último dia de festas, o que se via no Circuito Batatinha eram soteropolitanos e turistas curtindo como se a folia estivesse apenas começando. Na praça Tereza Batista, um dos redutos das performances mais criativas e diversificadas deste Carnaval, quem deu um show foi o rapper baiano Negro Davi, presentando o público com a sonoridade do rap aliada ao samba de roda do Recôncavo, em uma mistura rítmica inovadora.

A soteropolitana Luara Santana afirmou que o Carnaval do Pelourinho é um portal que se abre para tudo que é novo e surpreendente. “Vi tanta coisa aqui. Assisti um show massa de Margareth ontem. Também estive no de Daniela com os blocos afro. Vi Nação Zumbi também. Mas, foi na Tereza Batista que me deparei com as apresentações mais alucinantes”, contou.

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Nascido e criado em Pernambués, um dos bairros de maior população negra de Salvador, o rapper Negro Davi disse que se apresentar no Pelourinho lhe conecta com o passado. “Estar aqui invoca a minha ancestralidade, me conecta com a minha história”, afirmou o artista, que em seu trabalho evidencia o comprometimento e luta no combate ao racismo, à desigualdade social, à invisibilização dos jovens negros e periféricos e às injustiças sociais.

Com a certeza de que irá voltar no próximo ano, Reinaldo Freitas, de Alagoas, disse que estar em Salvador durante a folia é uma experiência que todo ser humano merece viver. “É uma explosão, que faz sentir que nada será igual depois. O que meus olhos viram aqui, a mente jamais esquecerá”, relatou emocionado.

Com o tema “50 Anos de Blocos Afro. Nossa Energia é Ancestral”, o Carnaval 2024, promovido pelo Governo do Estado, enaltece um dos principais pilares do Carnaval da Bahia: a herança africana e a expressão afro-brasileira.