Comitiva da SDE faz visita técnica à Kimberly-Clark, que investiu R$ 400 milhões nos últimos 10 anos
Foto: Leonardo rattes/Ascom Sesab

Referência para a alta complexidade na Região Metropolitana de Salvador, o Hospital Geral de Camaçari (HGC) ampliou a sua capacidade de assistência a pacientes graves com abertura de 10 novos leitos de Terapia Intensiva (UTI), dobrando a atual capacidade de internamento neste tipo de leito. A entrega da nova ala foi feita pela secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, nesta sexta-feira (19). Para a abertura da nova UTI foram investidos cerca de R$ 260 mil, entre obras e equipamentos.

Com a inauguração, o HGC conta agora com 172 leitos, sendo 20 de UTI. Essa capacidade instalada permite que a unidade faça uma média de 6 a 7 mil atendimentos mensais. São assistências em clínica médica, ortopedia, clínica vascular, clínica cirúrgica e pediatria.

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Foto: Leonardo rattes/Ascom Sesab

O HGC, atualmente, realiza cerca de 340 cirurgias por mês e, com a nova UTI, a expectativa é que esse número aumente em cerca de 25%, como explica a diretora da unidade, Thaís Fraga. “Com os novos 10 leitos conseguiremos aumentar o número de cirurgias. Para diversos procedimentos é necessário que tenhamos a UTI disponível. Com a duplicação da capacidade de internação em terapia intensiva, temos a certeza do aumento do número de procedimentos cirúrgicos”, destaca.

Para o funcionamento dos leitos, mais 30 profissionais foram incorporados ao quadro de trabalhadores da unidade. “O HGC possui equipamentos e equipes altamente treinadas para tratar condições críticas. Na nova UTI não será diferente”, garante Thaís Fraga.

Foto: Leonardo rattes/Ascom Sesab

A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destaca que o Governo do Estado vem investindo de forma consistente para melhorar cada vez mais a assistência à saúde em Camaçari e região. “O Hospital de Camaçari é uma unidade de enorme importância para o nosso estado e referência para região. É de fundamental importância que possamos dar o melhor atendimento a todos que buscam a unidade.”, explica a secretária.

Esforço estadual

O Governo do Estado já tem contribuído para atender a demanda reprimida em Camaçari. Em 2023 foi realizada uma feira de saúde que registrou 2.200 atendimentos e fez 1.765 procedimentos cirúrgicos de diversas especialidades no HGC. Já em 2024, entendendo o vazio assistencial, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) em parceria com as Voluntárias Sociais, ofertou consultas e exames característicos da atenção primária, tais como: ultrassonografia, eletrocardiograma, mamografia, serviços odontológicos, consulta oftalmológica, nutricionista, vacinação, dentre outros. Ao todo, foram atendidas 7.635 pessoas.

No que tange à média complexidade, o Governo do Estado assegurou, junto à União, a construção de uma Policlínica Regional no município, fruto de recursos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Também nesta sexta-feira, a secretária Roberta Santana foi até o terreno onde será construída a policlínica. “A ordem de serviço para o início das obras deve ser dada em breve e logo teremos mais uma unidade para assistência à população de Camaçari”, disse. E, na alta complexidade, há investimentos contínuos no HGC, como a reforma e ampliação da unidade, bem como a construção da nova Maternidade Regional de Camaçari.

Alta demanda

O HGC deve priorizar o atendimento a pacientes graves para salvar vidas. No entanto, a unidade enfrenta atualmente uma grande demanda, com mais de 46% dos atendimentos sendo casos sem gravidade ou de baixa complexidade que deveriam ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que integram a Atenção Primária, de responsabilidade municipal.

São casos como dores de cabeça, tontura, infecção no ouvido, gripes e até unha encravada. Os residentes de Camaçari representam mais de 94% dos atendimentos pediátricos e 77% dos adultos, uma situação que revela a deficiência das estruturas de saúde do município e compromete a capacidade de resposta a urgências do HGC.

Foto: Leonardo rattes/Ascom Sesab

Na avaliação da direção da unidade, a consequência imediata é a sobrecarga da equipe. Dado que os recursos hospitalares são limitados, priorizar quem corre mais risco garante o uso eficiente de leitos, equipamentos médicos e profissionais de saúde. Contudo, mesmo sendo estabelecido que o acesso hospitalar se dará prioritariamente pela Central Estadual de Regulação e Samu, 64% dos pacientes ainda chegam por demanda espontânea, ou seja, se dirigem diretamente à unidade em virtude da rede municipal de Camaçari ter uma oferta reduzida de serviços de saúde.

Fonte: Ascom/Sesab