Baianos poderão vivenciar no Metaverso episódios da luta pela Independência da Bahia
Foto: Ascom/Secti

Voltar ao passado para vivenciar fatos históricos e até mesmo encontrar personagens importantes, como as heroínas Maria Felipa e Maria Quitéria. A prática, que parece coisa de cinema, com as chamadas viagens no tempo, é comum na ficção. Mas você já imaginou utilizar tecnologia e inovação para, ao menos, fazer uma imersão ao passado e relembrar, por exemplo, episódios importantes da independência da Bahia? Isso agora é possível graças aos games imersivos em fase de desenvolvimento criados por pesquisadores de todo o estado para o Edital 2 de Julho no Metaverso.

Baianos de todas as idades, em especial àqueles que gostam de história e do universo dos games, poderão vivenciar lutas e batalhas que garantiram, de fato, aqui na Bahia, a independência do Brasil. Os protótipos, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), serão apresentados a um público formado por jovens estudantes, na próxima terça-feira (23), a partir das 10h, no Centro Estadual de Educação Profissional em Turismo do Leste Baiano, na cidade de Santo Amaro, durante o evento Bahia: Memórias de Lutas e Liberdade, realizado pela Fundação Pedro Calmon.

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Foto: Ascom/Secti

Com investimento de R$ 4 milhões, os seis capítulos tratam, em ordem cronológica, de momentos históricos distintos da independência, a começar pelo dia 12 de fevereiro de 1822, com o protótipo que revisita a história da Junta Administrativa. Os outros cinco episódios são: Convento da Lapa, em 19 de fevereiro de 1822; Imersão na História da Independência, em 25 de junho de 1822; A Batalha de Pirajá, em 8 de novembro de 1822; Batalha de Itaparica, em 7 de janeiro de 1823; e Viva a Independência da Bahia, em 2 de julho de 1823.

Rodrigo Rocha, professor do Instituto de Computação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), detalha a perspectiva de viagem ao tempo do game imersivo desenvolvido pelo seu grupo. “Em nosso jogo, você vai controlar um brasileiro que quer interceptar a carta-régia para tentar impedir a posse do português Madeira de Melo como governador de armas”. Já o grupo do professor Marcio Fiais, do Instituto de Humanidades da Ufba, desenvolveu um jogo no qual o usuário viverá a perspectiva de Liberata, uma escrava liberta. “Ela trabalha vendendo doces no Largo da Lapinha nas semanas que antecedem a chegada do exército libertador”.

Há episódios gameficados, mas também em forma de visita, como o criado por pesquisadores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). “O objetivo é apresentar o 25 de junho, em Cachoeira, um momento histórico na luta pela independência do Brasil. Iremos explorar o episódio na forma de uma visita imersiva a um museu virtual, criado especialmente para mostrar imagens, ilustrações e vídeos”, conta o professor Paulo Ambrósio.

Foto: Ascom/Secti

O diretor geral da Fapesb, Handerson Leite, explica que os episódios ficarão disponíveis ao público, de forma gratuita, assim que forem concluídos. “A ideia é criar um portal para que todo o conteúdo fique acessível aos baianos”. Leite ainda projeta novas ações similares. “Podemos pensar em editais que contemplem outros fatos históricos, como, por exemplo, a Guerra de Canudos ou a Revolta dos Malês. Dessa forma, nosso jovem estudante, com auxílio do professor, poderá aprender sobre história de forma lúdica e interativa. Para isso, faz parte do trabalho a formação de professores da rede estadual que será realizada em parceria com o Instituto Anísio Teixeira, para que os educadores possam utilizar essa tecnologia nos seus conteúdos”.

As equipes são multidisciplinares e envolvem não apenas professores e pesquisadores, mas também profissionais que atuam na área de games. Iniciativa da Secti e Fapesb, o Edital 2 de Julho no Metaverso faz parte da estratégia Bahia de Todos os Jogos e é executado em parceria com as Secretarias de Cultura (Secult), Educação (SEC), Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e Relações Institucionais (Serin), na Coordenação Geral de Políticas de Juventudes (Cojuve).

Fonte: Ascom/Secti